quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

17ª. Moeda
VI Série Ibero-Americana
Sé do Porto
10 Euro


                     

Anv: Apresenta no centro do campo e no círculo interior o escudo das armas nacionais sobreposto à esfera armilar, circundado pela legenda “República Portuguesa e o valor facial *10 EURO*, no círculo exterior a heráldica dos países ibéricos e ibero-americanos, aderentes a este evento: Portugal, Espanha, Argentina, Cuba, Equador, Guatemala, México, Nicarágua Paraguai e Perú.


Rev: Apresenta no campo central a fachada majestosa da Igreja-Fortaleza, cujo papel se caracterizou na reconquista Cristã; por baixo a legenda “Sé do Porto”, e na orla superior a legenda “Arquitectura e Monumentos *2005”.

Autor: Victor Nogueira da Silva.
Moedas de Prata com acabamento normal: Valor facial 10 Euro; Ag: 500/1000 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 300.000 exemplares.
Moedas de Prata proof: Valor facial 10 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 20.000 exemplares.

Resenha histórica

A Catedral (Sé) da cidade do Porto, fica situada no coração do centro histórico da cidade do Porto, no monte da Penaventosa, também chamado de Terreiro da Sé, e é um dos principais e mais antigos monumentos de Portugal.


O início da sua construção data da primeira metade do século XII, após a eleição do Bispo D. Hugo, Arcediago da Sé de Compostela. Foi a este que em 1120 a rainha Dª Teresa, doou o burgo portucalense e o seu respectivo couto de onde proveio a dita catedral.

D. Hugo, foi além de restaurador desta nobre cidade, o mentor deste honroso património que a Comissão Mundial denominou de Património Mundial, e prolongou-se até ao princípio do século XIII. Conta-se que a primeira pedra foi assente pela rainha Dª Teresa viúva do conde D. Henrique, só vindo a ser concluída já no reinado de D. Dinis.
Esse primeiro edifício, em estilo românico, sofreu muitas alterações ao longo dos séculos.
Catedral de construção românico-gótica como igreja com planta em cruz latina, composta por três naves escalonadas de cinco tramos definidos por pilares cruciformes fasciculados, transepto saliente e cabeceira tripartida.
Da época românica datam o carácter geral da fachada com as torres e a bela rosácea, além do corpo da igreja de três naves coberto por abóbada de canhão. A abóbada da nave central é sustentada por arcobotantes, sendo a Sé do Porto um dos primeiros edifícios portugueses em que se utilizou esse elemento arquitectónico.
Na época gótica, cerca do ano de 1333, construiu-se a capela funerária de João Gordo, cavaleiro da Ordem dos Hospitalários e colaborador de D. Dinis, sepultado num túmulo com jacente. Também da época gótica, data o claustro (séc XIV-XV), construído no reinado de D. João I. Este rei casou-se com D. Filipa de Lencastre na Sé do Porto em 1387.



O exterior da Sé foi muito modificado na época barroca. Cerca de 1736, o arquitecto italiano Nicolau Nasoni adicionou uma bela galilé barroca à fachada lateral da Sé. Cerca de 1772, construiu-se um novo portal em substituição ao românico original. As balaustradas e cúpulas das torres também são barrocas. À esquerda da capela-mor, encontra-se um magnífico altar de prata, construído na segunda metade do século XVII por vários artistas portugueses. Este foi salvo das tropas francesas em 1809 por meio de uma parede de gesso construída apressadamente.
Ainda nesta área esquerda é especialmente notável a imagem medieval de Nossa Senhora de Vandoma (padroeira da cidade).
 No século XVII a capela-mor original românica (que era dotada de um deambulatório) foi substituída por uma maior em estilo barroco. O altar-mor, construído entre 1727-1729, é uma importante obra do barroco joanino, projectado por Santos Pacheco e esculpido por Miguel Francisco da Silva. As pinturas murais da capela-mor são de Nasoni. O transepto sul dá acesso aos claustros do século XIV e à Capela de São Vicente. Uma graciosa escadaria do século XVIII de Nasoni conduz aos pisos superiores, onde os painéis de azulejos exibem a vida da Virgem e as Metamorfoses de Ovídio.
Classificado como MN - Monumento Nacional pelo Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136, de 23-06-1910.


Créditos: www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=1086; pt.wikipedia.org/wiki/Sé do Porto‎; Documentação avulsa da I.N.C.M; e colecção particular do autor.
Óbidos, 5 de Outubro de 2013
Publicado no Jornal das Caldas em 06-11-2013

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