sexta-feira, 19 de agosto de 2016

 
Numismática
2,5 Euro
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro
85ª. Moeda
AGRICULTURA FAMILIAR
     2 Euro
 
F.C.: Apresenta o desenho europeu comum, utilizado nas moedas de euro destinadas à circulação. N.º2006/C225/05.

F.N. Esta moeda apresenta um conjunto de utensílios e produtos agrícolas compostos em torno da forma esquemática de uma cerâmica que representa uma galinha.
Características:
Autores: . Luc Luycx e José Teixeira,  face comum;  Helder Baptista face nacional.
Moedas correntes com acabamento normal:
Valor facial 2 Euro; (Cu 75%, Ni 25%); Dia. 25,75 mm; Peso 8,50 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 500.000 exemplares.
Moedas B.N.C. (Brilhante Não Circulável
Valor facial 2 Euro; (Cu 75%, Ni 25%);  Dia. 25,75 mm; Peso 8,50 g; Bordo serrilhado. Cunhagem de 10.000 exemplares.
Moedas Proof
Valor facial 2 Euro; (Cu 75%, Ni 25%);  Dia. 25,75 mm; Peso 8,50 g; Bordo serrilhado. Cunhagem de 10.000 exemplares. 
Historial
 O principal objectivo do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) foi promover em todos os países políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento sustentável de sistemas de produção agrícola baseados em unidades familiares, fornecer orientações para pôr em prática essas políticas, incentivar a participação de organizações de agricultores e despertar a consciência da sociedade civil para a importância de apoiar a agricultura familiar.
A agricultura familiar foi eleita tema do ano pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante uma reunião realizada em Dezembro, a Assembleia Geral da ONU declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar. A declaração inédita para o sector foi resultado do reconhecimento do papel fundamental que esse sistema agro-pecuário sustentável desempenha para o alcance da segurança alimentar no planeta.
Com esta decisão, a ONU reconheceu a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e para a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando a sua preocupação com o crescimento populacional, a alta dos preços alimentares e o problema da fome em vários países.
A declaração foi considerada uma vitória das 350 organizações de 60 países ligados à agricultura familiar que apoiaram uma campanha iniciada em Fevereiro de 2008 a favor dessa decisão. Foi também considerada um êxito a actuação da Coordenação de Produtores da Agricultura Familiar do Mercosul (Coprofam).
Foi uma vitória importante do ponto de vista político para fortalecer a agricultura familiar em todo o mundo. Essas 350 organizações uniram-se para sensibilizar governos a fim de que fosse reconhecida como instrumento de erradicação da fome de mais de um bilião de pessoas.
De acordo com dados de 2007 do Banco Mundial, “actualmente há três milhões de pessoas que vivem em zonas rurais cuja maioria se dedica à agricultura ou à pecuária familiar e tem essa produção como principal meio de subsistência, porém têm acesso limitado à terra e a outros recursos financeiros e tecnológicos necessários para fazer da agricultura familiar uma empresa viável.
O documento final da Conferência Mundial de Agricultura Familiar, realizada em Outubro passado, intitulado “Alimentar o mundo, cuidar do planeta”, dá conta de que actualmente há 1,5 biliões de agricultores familiares trabalhando em 404 milhões de unidades rurais de menos de dois hectares; 410 milhões cultivando em colheitas ocultas nos bosques e savanas; entre 100 e 200 milhões dedicados ao pastoreio;  100 milhões de pescadores artesanais; 370 milhões pertencem a comunidades indígenas.
Fontes: I.N.C.M.; trechos avulsos; colecção particular do autor.
Publicado no Jornal das Caldas em 18-08-2016
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