quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Numismática

Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro
  
15ª. Moeda
Património Mundial da Humanidade
Centro Histórico de Angra do Heroísmo
5 Euro
                 
                     
Anv: Apresenta no campo central o escudo nacional circundado na orla superior pela legenda “República Portuguesa” e na orla inferior pelo valor facial da moeda “5 Euro”, entre florões.


 Rev: Apresenta por fundo a estilização da cidade, com a baía, o monte brasil, brilhando ao alto uma espécie de sol com a forma do símbolo da Unesco, circundando estes elementos a legenda “Centro Histórico de Angra do Heroísmo – 2003”.
Autor: Álvaro França
Moeda corrente de prata:
Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 14 g de peso; toque 500/1000; bordo, serrilhado (350.000 exemplares).
Moedas de Prata proof:
Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 24 g de peso; toque 925/1000; bordo, serrilhado. (15.000 exemplares).
História da cidade de Angra do Heroísmo

Angra do Heroísmo é uma cidade que se localiza na costa sul da Ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, com cerca de 10 800 habitantes, sede de um município com 239 Km2, e que comporta 19 freguesias.


O local escolhido pelos primeiros povoadores foi uma crista de colinas, que se abria, em anfiteatro, sobre duas baías, separadas pelo vulcão extinto do Monte Brasil. Uma delas, a denominada "angra", tinha profundidade para a ancoragem de embarcações de maior tonelagem, as naus. Tinha como vantagem a proteção de todos os ventos, excepto os de Sudeste. As primeiras habitações foram erguidas na encosta sobre essa angra, em ruas íngremes de traçado tortuoso dominadas por um outeiro. Neste, pelo lado de terra, distante do mar, foi iniciado um castelo com a função de defesa, à semelhança do urbanismo medieval europeu: o chamado Castelo dos Moinhos.
Por carta passada pela Infanta Dona Beatriz em 2 de abril de 1474, a capitania de Angra foi doada a Álvaro Martins Homem, que ao tomar posse dela deu início aos trabalhos da chamada Ribeira dos Moinhos, aproveitando a forças de suas águas e lançando as bases para o futuro desenvolvimento económico da povoação. A partir da proteção propiciada pelo Castelo dos Moinhos (atual Alto da Memória), o casario acompanhou a Ribeira dos Moinhos até à baía, primitivamente por ruas e vielas sinuosas - ruas do Pisão, da Garoupinha, de Santo Espírito, das Alcaçarias - cuja toponímia conservou a memória de suas actividades económicas. Martins Homem deu início à chamada Casa do Capitão, posteriormente acrescentada por João Vaz Corte Real, que também procedeu à canalização da Ribeira, à construção do primitivo Cais da Alfândega, da muralha defensiva da baía de Angra e do Hospital de Santo Espírito.
Ao mesmo tempo, liberava a área do vale para que, de acordo com os princípios do urbanismo do Renascimento, pudessem ser abertas ruas obedecendo a um plano ortogonal, organizadas por funções, de acordo com as necessidades do porto que crescia com rapidez. Nesse plano ortogonal serão abertas as ruas da Sé e Direita, ligando os principais elementos da cidade: o porto e a casa do capitão nos extremos do braço menor, os celeiros do Alto das Covas e a Câmara Municipal nos do braço maior. Ao longo do século XVI a cidade crescerá até ao Alto das Covas e a São Gonçalo, embora com ruas de traçado mais irregular.
Desse modo, em poucos anos, desde 1478, a povoação fora elevada à categoria de vila e, em 1534, ainda no contexto dos Descobrimentos, foi a primeira do arquipélago a ser elevada à condição de cidade3 . No mesmo ano, foi escolhida pelo Papa Paulo III para sede da Diocese de Angra com jurisdição sobre todas as ilhas dos Açores. 
As razões para esse vigoroso progresso deveram-se à importância do seu porto como escala da chamada Carreira da Índia, centrado na prestação de serviços de reabastecimento e reaparelhamento das embarcações carregadas de mercadorias e de valores. Por essa razão desde as primeiras décadas do século XVI aqui foi instalada a Provedoria das Armadas, com essa função e a de apoiar a chamada Armada das ilhas. Posteriormente, no contexto da Dinastia Filipina, a estes vieram justar-se os galeões espanhóis carregados de ouro e prata, oriundos das Índias Ocidentais, numa rota que se estendia de Cartagena das Índias, passava por Porto Rico e por Angra, e alcançava Sevilha. Para apoiar essas fainas, foram implantados os primeiros estaleiros navais, na Prainha e no Porto das Pipas, e as fortificações que fecham a baía: o chamado Castelo de São Sebastião e o de São João Baptista.
A cidade, mais de uma vez, teve parte activa na história de Portugal: à época da Crise de sucessão de 1580 resistiu ao domínio Castelhano, apoiando D.António I de Portugal (Prior do Crato) que aqui estabeleceu o seu governo, de 5 de Agosto de 1580 a 6 de Agosto de 1582. O modo como expulsou os espanhóis entrincheirados na fortaleza do Monte Brasil em 1641 valeu-lhe o título de "Sempre leal cidade", outorgado por Dom João IV de Portugal.
Posteriormente, aqui esteve Afonso VI de Portugal, detido nas dependências da fortaleza do Monte Brasil, de 21 de Junho de 1669 a 30 de Agosto de 1684.
Posteriormente Angra constitui-se na capital da Província dos Açores, sede do Governo-geral e em residência dos Capitães-generais, por Decreto de 30 de Agosto de 1766, funções que desempenhou até 1832.
No século XIX, Angra constitui-se em centro e alma do movimento liberal em Portugal. Tendo abraçado a causa constitucional, aqui se estabeleceu em 1828 a Junta Provisória, em nome de Maria II de Portugal. Foi nomeada capital do reino por Decreto de 15 de Março de 1830. Aqui, no contexto da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834), Pedro IV de Portugal organizou a expedição que levou ao desembarque do Mindelo e aqui promulgou alguns dos mais importantes decretos do novo regime, como o que criou novas atribuições às Câmaras Municipais, o que reorganizou o Exército Português, o que aboliu as Sisas e outros impostos, o que extinguiu os morgados e capelas, e o que promulgou a liberdade de ensino no país.
Em reconhecimento de tantos e tão destacados serviços, o Decreto de 12 de Janeiro de 1837 conferiu à cidade o título de "mui nobre, leal e sempre constante cidade de Angra do Heroísmo", e condecorou-a com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada.
Em Angra encontraram refúgio Almeida Garrett, durante a Guerra Peninsular, e a rainha Maria II de Portugal entre 1830 e 1833, durante a Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Por aqui passou Charles Darwin, a bordo do "HMS Beagle", tendo aportado a 20 de Setembro de 1836. Darwin partiu daqui para a ilha de São Miguel em 23 de setembro, após fazer um passeio a cavalo pela ilha, onde entre vários locais visitou as Furnas do Enxofre, tendo na altura afirmado que a nível biológico "nada de interessa encontrar".
Títulos concedidos à cidade
1-Em 1643 por Alvará de 2 de Abril, D. João IV de Portugal concede à cidade de Angra o título de "Mui nobre e leal", pela sua bravura durante a Guerra da Restauração;
2- No ano de 1828 – Um decreto (não revogado) de 28 de Outubro que declara Angra a Capital da Província dos Açores, com o seguinte preambulo: “Tendo sido esta cidade condecorada com o título de: Muito nobre e sempre leal cidade de Angra, pelos feitos heróicos praticados por seus fiéis habitantes na restauração de Portugal em 1641, e tendo outrossim estas ilhas sido declaradas adjacentes ao reino de Portugal por alvará de 26 de Fevereiro de 1771, e ultimamente (1828) contempladas como província do reino, §. 1.º, artigo 2.º, título 1.º da Carta Constitucional: há por bem esta Junta Provisória, encarregada de manter a legítima autoridade d'el-rei o Sr. D. Pedro IV, declarar em nome do mesmo Augusto Senhor, que todas as nove ilhas dos Açores são uma só e única província do reino, e que esta cidade de Angra é a capital da província dos Açores. As autoridades a quem competir assim o tenham entendido, cumpram e façam executar: e o Secretário dos Negócios Interinos faça dirigir cópia deste decreto às estações competentes e autoridades na forma do estilo. - Angra, 28 de Outubro de 1828.
3- Em 1830 por força do Decreto lei de 15 de Março, a cidade Angra é nomeada capital do Reino de Portugal.
4- Em 1837 - Por Carta Régia, pelos serviços prestados durante a Guerra Civil, a cidade de Angra acrescenta aos seus títulos o de "Heroísmo" e de "Sempre Constante", tornando-se a "Mui Nobre, Leal e Sempre Constante Cidade de Angra do Heroísmo"; a sua Câmara Municipal é condecorada com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, Valor, Lealdade e Mérito, recebendo um novo brasão de armas;
5- A riqueza de seu património edificado fê-la ser classificada como cidade Património Mundial pela Unesco desde 1983.




Créditos: Wikipédia- Centro Histórico da cidade de Angra do Heroísmo; Documentação avulsa da INCM; e colecção particular do autor.

Óbidos - Setembro de 2013

F I M












Numismática

Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

14ª. Moeda
Património Mundial da Humanidade
Mosteiro da Batalha
5 Euro
                 
                 
Anv: Apresenta no campo o escudo nacional assente sobre a esfera armilar combinando-se com um apontamento de arcos ogivais, onde se encontra o valor facial da moeda em duas linhas “5 Euro”, simbolizando a arquitectura do Mosteiro da Batalha; ao longo da orla a legenda “Republica Portuguesa – 2005”.


Rev: Apresenta por fundo a estilização do mosteiro da Batalha, através da fachada gótica e pelo claustro de D. João I, ligados pela legenda “Mosteiro da Batalha” e pelo logotipo da Unesco”.
Autor: António Marinho.
Moeda corrente de prata:
Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 14 gr de peso; toque 500/1000; bordo, serrilhado (350.000 exemplares).
Moedas de Prata proof:
Valor facial 5 Euro; 30 mm de diâmetro; 14 gr de peso; toque 925/1000; bordo, serrilhado. (15.000 exemplares).

Pequeno Historial do Mosteiro da Batalha
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória também conhecido por Mosteiro da Batalha, situa-se na vila da Batalha e dista 11 km da cidade de Leiria; foi mandado edificar pelo rei D. João I (Primeiro rei da dinastia de Avis no ano de 1386) em agradecimento à Virgem Maria pela vitória alcançada sobre os castelhanos na célebre batalha de Aljubarrota no ano 1386. A construção do mosteiro estendeu-se por dois séculos, até cerca do ano de 1517, abrangendo o reinado de cinco reis (D. João I, D. Duarte, D. Afonso V, D. João II e D. Manuel I). Os monges dominicanos já habitavam o mosteiro no ano de 1388. A sua arquitectura caracteriza-se pelo gótico tardio português ou estilo manuelino. No projecto inicial correspondia a construção da igreja, do claustro e das dependências monásticas, como a Sala do Capítulo, sacristia e refeitório. Foi-lhe acrescentada a capela do Fundador pelo próprio rei D. João I; as capelas imperfeitas foram acrescentadas no reinado de D. Duarte; o claustro menor ficou a dever-se à iniciativa do rei D. Afonso V; no reinado de D. João II, este monarca desinteressou-se por completo da edificação do edifício; somente no reinado de D. Manuel I, se concluíram as referidas obras um pouco apressadas, em virtude do monarca se ter debruçado quase na sua totalidade à construção do Mosteiro dos Jerónimos.
Sala do Capítulo - Coube ao mestre Huguet finalizar a célebre Sala do Capítulo, actualmente. (Túmulo do Soldado Desconhecido), de planta quadrada, coberta por uma abóbada de estrela de um só voo. Esta abóbada é, efectivamente, uma obra de notável técnica construtiva gótica sendo formada por dezasseis nervuras radiais, oito lançadas das paredes, as restantes lançadas das chaves secundárias exteriores, convergindo para uma grande chave central de decoração vegetalista, desenvolvida em duas coroas. A face exterior desta sala, deitando para a galeria do claustro, é formada por um portal central de rasgamento profundo com cinco arquivoltas de fora e quatro do lado de dentro, o vão ornado por cogulhos radiantes. vãos quebrados, preenchidos cada um deles por duas janelas geminadas com uma bandeira recortada e rendilhada segundo preceitos do gótico flamejante. A sala capitular possui, ornamentação figurativa digna de registo: o programa dominante é mariológico, assinalando-se na janela sul virada para a crasta em dois capitéis, a representação de uma Anunciação, com a virgem à direita e o anjo à esquerda. Nossa Senhora segura uma vasilha com o seu braço direito. Outro elemento iconográfico bastante conhecido, é a representação, numa das mísulas, do que se supõe ser, com bastante razão, o mestre pedreiro, em fórmula de retrato (é notoriamente individualizada a expressão do rosto).
De cada lado abrem-se dois grandes
O Refeitório é coberto por abóbadas de berço quebrado de quatro tramos marcados por arcos torais e apoiada em mísulas sobre friso circundante.
O Claustro Real é de um só piso com sete tramos por ala, constituídos por arcos quebrados, de vãos dissemelhantes, com bandeiras rendilhadas apoiadas em colunelos esculpidos, entre contrafortes com ressaltos, rematados por pináculos piramidais. Tem galerias cobertas por abóbadas de cruzaria de ogivas com cadeia longitudinal, assentes em meias-colunas fasciculadas com capitéis vegetalistas em dois andares, e remate em platibanda rendilhada com flores-de-liz. No cunhal, foi edificado um torreão octogonal de remate piramidal. No interior, encontra-se uma fonte com bacia lobulada e duas taças polilobadas escalonadas, a primeira com máscaras semi - vegetalistas. Tem uma cobertura em abóbada de cruzaria de ogivas com cadeia, apoiada em pilares fasciculados.
O Panteão de D. Duarte, também conhecido por Capelas Imperfeitas, foi planeado tendo em conta uma leitura rigorosa do testamento de D. João I, optando aquele monarca por criar o seu próprio espaço funerário. Assim, D. Duarte deu início à edificação de uma rotunda atrás da cabeceira. De qualquer modo, as obras não foram terminadas, uma vez que a sua edificação terá começado sensivelmente em 1434, tendo o monarca falecido quatro anos depois, deixando-as incompletas. Mas o traçado estava certamente delineado e as obras dos reinados seguintes foram lentamente tentando rematar o edifício, tendo porém ficado por fazer o principal: o lançamento da grande abóbada central. Ao contrário do que se possa julgar, esta operação não levantaria grandes problemas técnicos visto que o vão a cobrir pouco maior era do que o existente na Sala do Capítulo. Tratava-se, de um edifício com um corpo central octogonal e entrada a eixo (articulada com a cabeceira por um átrio abobadado), à volta do qual se dispunham sete capelas radiantes .As capelas existentes abrem-se para o recinto através de grandes arcos quebrados acairelados, possuindo cada uma delas um coro recto e um topo prismático de três faces, com um só janelão de dois lumes em cada face e cobertura de abóbada nervurada.
O Claustro D. Afonso V tem dois pisos, o primeiro de sete tramos por ala marcados por contrafortes entre arcos duplos quebrados assentes em colunas facetadas grupadas transversalmente sobre murete. Tem galerias abobadadas de cruzaria de ogivas com arcos torais robustos, apoiadas em mísulas cónicas lisas. O segundo piso tem um alpendre assente em colunas prismáticas sobre parapeito e contrafortes diagonais que sobem até ao beiral.
A Capela do Fundador é uma construção situada à direita do templo, encostada ao flanco exterior da nave sul, por onde se faz a entrada. Possui planta quadrada, na qual se inscreve ao centro um octógono, que se desenvolve em volume para cima, ao nível do seu segundo andar ― um octógono que funciona, também, como lanterna. Esta capela foi traçada por mestre Huguet e encontrava-se ainda em obras em 1426, sendo terminada pouco depois do falecimento do monarca, que para ali foi trasladado, juntamente com o corpo da rainha, um ano depois (1434). Pelo exterior, impõe-se como uma massa homogénea acentuando a horizontalidade do frontispício do templo. Oferece três faces livres, cada uma das quais ritmada por dois contrafortes, e onde se rasgam três janelões, com o que fica a eixo mais largo do que os restantes. Em cima, salienta-se o exterior do octógono central de onde partem oito arcobotantes acailerados apoiados nos contrafortes exteriores, que se prolongam em Pegões pinaculados além do terraço. O conjunto é rematado por um friso de grilhagens flamejantes. Originalmente, o octógono era coroado por um grande coruchéu em agulha, que caiu com o terramoto de 1755. No interior, a luz irrompe dos janelões da fachada e das frestas de dois lumes existentes em cada face do octógono central. É uma luz diáfana, que incide particularmente no centro do monumento, onde se ergue o mausoléu do rei e da rainha. A abóbada é complexa, formada por arcos cruzeiros que, partindo de baquetas embebidas nas paredes, entroncam em chaves centrais, a partir das quais as nervuras despejam o seu peso sobre as baquetas da face exterior do octógono central, compondo, desta forma, uma espécie de nave ou deambulatório. O octógono propriamente dito, no centro do edifício, é formado por oito pilares compósitos, de colunas enfeixadas e abre-se através de oito arcos apontados com o intradorso ornado de cairéis trilobados. O seu interior é de «dois andares»: o inferior corresponde aos pilares e arcos, enquanto no andar superior se rasgam as janelas lanternárias. Também a abóbada deste corpo central é estrelada, com oito braços principais, oito terceletes e dezasseis nervuras secundárias, apoiadas em oito chaves radiais e uma chave central de grande diâmetro, mostrando o rendilhado, no meio da qual se inscrevem, em relevo, as armas reais. Nas paredes rasgam-se arcos sólidos que albergam os túmulos dos príncipes de Avis
A Capela-Mor parece ser de acabamento posterior, com o seu arco triunfal acairelado, podendo igualmente considerar-se duas as fases de trabalho das capelas colaterais. As galerias norte e ocidental estariam já levantadas, mas foi Huguet quem terá dado acabamento às do lado sul e nascente (todas elas com sete tramos), respeitando porém o traçado anterior, com abóbadas em cruzaria de grandes chaves unidas por cadeia longitudinal, sem mísulas, descansando em finos colunelos de um e de outro lado das paredes.
O Mosteiro foi restaurado no século XIX sob a direcção de Luís Mouzinho de Albuquerque. Neste restauro, o Mosteiro sofreu transformações mais ou menos profundas, designadamente pela destruição de dois claustros, junto das Capelas Imperfeitas e, num quadro de extinção das ordens religiosas em Portugal, pela remoção total dos símbolos religiosos, procurando tornar o Mosteiro num símbolo glorioso da Dinastia de Avis e, sobretudo, da sua primeira geração (a dita Ínclita Geração dos altos infantes).
Cronologia

1-1385 – 14 de Agosto – Batalha de Aljubarrota. D. João I faz uma promessa à Virgem de mandar edificar um Monumento em sua honra, caso ganhe a batalha.
02- 1387/88 – D. João I entrega a Afonso Domingues o projecto e a direcção das obras do Mosteiro da Batalha. Provável data do início da construção.
03- 1388 – Entrega do Mosteiro à Ordem Dominicana.
04- 1387/88 – 1402 – 1ª fase de edificação do Mosteiro, sob a direcção do Mestre Afonso Domingues. Do projecto inicial faziam parte a igreja, a Sacristia, a sala do capítulo o Claustro Real e dependências anexas. Ainda inicia a construção da igreja (cabeceira e naves) e fundamentos da sala do capítulo.
05- 1392 e 1398 – À volta da obra nascem pequenas construções, alojamentos e oficinas dos operários e artífices, lançando-se os fundamentos da futura Vila.
06- 1402 – 1458 – 2ª fase de edificação do Mosteiro, sob a direcção do Mestre Huguet. A ele se deve a conclusão da abóbada da sala do capítulo, sistemas de cobertura da capela-mor e da nave central da igreja, fachada principal, fecho do claustro de D. João I e ainda projecta e dirige o panteão de D. João I e o de D. Duarte.
07- 1416 – D. Filipa de Lencastre é sepultada na capela-mor da igreja.
08- 1426 – Data provável em que D. João I manda edificar o seu panteão, acrescentando, desta forma, a planta inicial.
09- 1433 – Morte de D. João I; é provisoriamente colocado na Capela-mor da igreja.
10- 1434 – Concluídas as obras do panteão real e colocados aqui os corpos de D. João I e de D. Filipa de Lencastre.
11- 1436 – Já devem de estar concluídas as obras do Claustro real e do lavatório.
12- 1438 – Martim Vasques sucede na direcção das obras. Morte de D. Duarte, em cujo reinado já se tinham começado a edificar as capelas imperfeitas, panteão onde iria ficar sepultado. Como as obras não estavam acabadas, foi sepultado, provisoriamente, na capela-mor da igreja.
13- 1448 – Fernão de Évora é nomeado mestre das obras. Construção do Claustro de D.
Afonso V (piso térreo).
14- 1505 – 1520 – Reina D. Manuel I. Decoração dos arcos do Claustro Real, ligação da cobertura do átrio das Capelas Imperfeitas, vitrais da Sala do Capítulo (1514) e da capela-mor da igreja (1517), portal manuelino das Capelas Imperfeitas, executado por Mateus Fernandes.
15- 1528 – João de Castilho é mestre de obras até 1532, vindo, depois a ser substituído por Miguel de Arruda.
16- 1533 – Varanda e Janela Renascentista das capelas imperfeitas, construídas por Manuel de Arruda.
17- 1755 – Terramoto provoca danos no Mosteiro.
18- 1811 – O fogo posto pelas tropas de Napoleão destrói, por completo, o terceiro claustro. Claustro de D. João III.
18- 1840 – 1900 – Importantes obras de reconstrução
19- 1901 – Transladadas as cinzas de D. Afonso V, de D. João II e do Príncipe Afonso para a Capela do Fundador.
20- 1924 – Instalação do Túmulo do Soldado Desconhecido na Sala do Capítulo.
21- 1983 – O Mosteiro é classificado como Património Mundial. Da Humanidade perla Unesco.
Créditos: Wikipédia- Centro Histórico Mosteiro da Batalha; IGESPAR- Monumentos – Mosteiro da Batalha; Documentação avulsa da INCM; e colecção particular do autor.

Óbidos - Setembro de 2013
F I M