quinta-feira, 31 de março de 2011


Artigo 46

Centenário da Implantação da República

(1910-2010)


QUINHENTOS ESCUDOS



Damião de Góis



Chapa 7


O célebre cronista português do século XVI Damião de Góis foi o escolhido para figurar na frente da nota com a chapa 7. O trabalho de chapas e estampagem foi efectuado pela firma inglesa Waterlow & Sons Ltd., de Londres. Foram aplicadas duas estampagens calcográficas na frente da nota sobre fundo duplex em íris. Ainda na frente podem observar-se dois grupos de linhas ondulantes paralelas, gravadas na chapa de aço, de protecção à efígie e à vinheta central. A ilustração da frente da nota é composta por elementos extraídos da Igreja de Santa Cruz de Coimbra, com destaque para a figura de Damião de Góis. O verso da nota é composto por uma estampagem calcográfica, também sobre fundo duplex em íris. No verso da nota está representado o púlpito da Igreja de Santa Cruz de Coimbra e uma cabeça copiada de um medalhão manuelino existente nas colunas do túmulo de D. Afonso Henriques que foi utilizado na marca de água. O papel é de origem inglesa e é produção da firma Portals Ltd. O papel tem como marca de água quando visto à transparência pela frente, no lado esquerdo, a cabeça ornamental de perfil para o centro. Dimensões da nota 156 x 97 mm. Foram emitidas 7 960 000 de notas com a data de 29 de Setembro de 1942. A primeira emissão, 7 de Setembro de 1943 e a última emissão de 26 de Janeiro de 1955. Foram retiradas de circulação em 31 de Maio de 1973. Biografia: Damião de Góis, historiador, humanista e cronista português, foi uma das pessoas mais relevantes do Renascimento em Portugal, era natural de Alenquer onde nasceu a 2 de Fevereiro de 1502. De forte personalidade, foi um dos espíritos mais críticos da sua época. Oriundo de famílias nobres, era filho de Rui Dias de Góis, almoxarife, valido do duque de Aveiro e de sua quarta mulher Isabel Gomes de Limi. No ano de 1512 por morte do seu pai, Damião de Góis passou 10 anos da sua infância na corte de D. Manuel I como moço de câmara. No ano de 1523, foi colocado em Antuérpia como secretário da feitoria portuguesa por incumbência do rei D. João III. Entre os anos de 1528 e 1531, efectuou diversas missões diplomáticas e comerciais pelas principais cidades europeias. No ano de 1533, abandonou os serviços do reino, dedicando-se exclusivamente aos propósitos humanísticos. No ano de 1534, conheceu e tornou-se íntimo do grande humanista holandês Desiderius Eramus, com quem adquiriu enorme experiência e o acompanhou nos seus estudos e escritos. Estudou em Pádua até ao ano de 1538 onde foi contemporâneo de humanistas italianos, como Pietro Bembo e Lazzaro Buonamico. Fixou-se na cidade de Lovaina em Itália, até ao ano de 1544. Damião de Góis foi feito prisioneiro aquando da invasão francesa da Flandres, sendo mais tarde libertado por incumbência do rei D. João III. No ano de 1548 foi nomeado guarda-mor dos Arquivos Reais da Torre do Tombo. Em 1558, foi o cronista escolhido pelo cardeal D. Henrique para escrever a crónica oficial do rei D. Manuel I. No ano de 1567, completou esta obra sendo alvo de acérrimos ataques de algumas famílias nobres, as quais ficaram desagradadas com alguns relatos e conteúdos. Em virtude destes ataques no ano de 1571, Damião de Góis, caíu nas malhas do Santo Ofício (Inquisição), por interferência destas ditas famílias. Foi preso, sujeito ao processo inquisitorial, com a aplicação das sevícias em que o Santo Ofício era useiro e vezeiro em utilizar, para obter a confissão de crimes e não só. No ano de 1572 foi deportado para o Mosteiro da Batalha. Em 1574 abandonado pela família, foi encontrado morto na sua casa em Alenquer, presume-se que brutalmente assassinado. As suas obras em latim e português são históricas: A Crónica do Felicíssimo Rei Dom Emanuel (1566-1567) e a Crónica do Príncipe Dom João (1567). Ao contrário de outros cronistas, e em especial de João de Barros, seu contemporâneo, manteve uma posição neutral nos seus escritos em especial nas crónicas a El-Rei D. Manuel I e a El-Rei D. João III. Faleceu a 30 de Janeiro em Alenquer sendo sepultado na igreja de Santa Maria da Várzea, da mesma vila.

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Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org.J.wiki/Damião de Góis. Trechos avulsos. História de Portugal Manuel Pinheiro ChagasÓbidos, Maio de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas em 30-03-2011


Artigo 45

Centenário da Implantação da República

(1910-2010)


QUINHENTOS ESCUDOS



Infante D. Henrique

Chapa 6


Um dos vultos mais notáveis da história da civilização europeia e do mundo ocidental, o infante D. Henrique, foi o escolhido para dar a estampa à frente da nota da chapa 6, numa reprodução dos painéis atribuídos a Nuno Gonçalves, que se encontram no Museu Nacional de Arte Antiga, de Lisboa. A elaboração das chapas e respectiva estampagem estiveram a cargo da casa Waterlow & Sons.Ltd., de Londres. A frente da nota é composta por duas estampagens calcográficas (talhe-doce); uma a preto, com a figura do infante e outra em tons avermelhados acastanhados, com ornatos trabalhados a guilhoché em linha branca e linha cheia. O fundo da nota é composto por um desenho uniforme, é impresso tipograficamente em íris. O verso da nota contém uma estampagem calcográfica, a verde-escuro, com a gravura do túmulo do Infante no Mosteiro da Batalha, e ornamentação que serve de moldura à área ocupada pela marca de água. O fundo diferente do desenho é de impressão idêntica à da frente da nota; duplex em íris. O papel utilizado na elaboração desta nota é da autoria da firma inglesa Portals Limited, Laverstoke Mills, Whitchurch,Hampshire. Para a sua elaboração foram utilizados novos materiais e técnicas, sendo introduzidos na sua composição fios de seda fluorescentes por toda a superfície e só visíveis com a incidência de determinado tipo de luz. A marca de água quando vista à transparência pela frente é constituída por uma cabeça da época dos descobrimentos, colocada a esquerda e de perfil para o centro. Dimensões da nota 156 x 97 mm. Foram emitidas 2 288 000 notas com a data de 26 de Abril de 1938. A primeira emissão, 6 de Setembro de 1939 e a última emissão, 7 de Setembro de 1943. Foram retiradas de circulação em 31 de Dezembro de 1958. Biografia: O Infante D. Henrique nasceu na cidade do Porto a 4 de Março de 1394, recebendo o nome do seu tio-avô Henrique de Lencastre, que viria a ser o futuro rei Henrique IV de Inglaterra. Era o quinto filho de D. João I e de Dona Filipa de Lencastre, recebendo destes conjuntamente com os seus irmãos uma esmerada educação, a qual ficou conhecida como a “Ínclita Geração dos Altos Infantes”. No ano de 1414 com apenas vinte anos, convenceu o pai levar a efeito uma campanha para a conquista de Ceuta. No ano de 1415 procedeu-se à conquista da cidade de Ceuta, assegurando logo de início ao reino de Portugal o controlo das rotas marítimas do comércio entre o Atlântico e o Levante. Neste mesmo ano foi armado cavaleiro, recebendo os títulos de Duque de Viseu e Senhor da Covilhã. No ano de 1416 foi-lhe encarregue o governo da cidade de Ceuta. No ano de 1418 a cidade de Ceuta sofreu o primeiro cerco, imposto pelo conjunto das forças dos reis de Fez e Granada. D. João, um dos irmãos mais novos do infante e o próprio D. Henrique vão em socorro da cidade o que lhes granjeou uma vitória, pondo de imediato termo ao cerco. Tentou atacar Gibraltar, mas as condições atmosféricas não o permitiram, impedindo-o de desembarcar. Regressou a Ceuta onde recebeu ordens de D. João I para abandonar esse empreendimento, pelo que tornou a Portugal no ano de 1419. Neste mesmo ano montou uma armada de corso “pirataria, pilhagem”, que actuava estrategicamente no estreito de Gibraltar partindo da cidade de Ceuta. Com estas acções permitiu que muitos dos seus homens obtivessem larga experiência náutica e de habituação à vida marítima, servindo-se deles para mais tarde os levar para outras viagens com destinos desconhecidos. Entre os anos 1419 e 1420, alguns dos seus escudeiros, João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, desembarcaram nas ilhas do arquipélago da Madeira, já conhecidas dos portugueses desde do século anterior. Aqui iniciaram o desenvolvimento do arquipélago com a cultura de cereais que vieram minimizar a escassez deste produto que afligia Portugal. No ano de 1420 D. Henrique foi nomeado dirigente da Ordem de Cristo, sucedânea da Ordem dos Templários, cargo que exerceu durante toda a sua vida. Pelo ano de 1427 alguns dos seus navegadores (Gonçalo Velho), chegaram até aquele que é hoje o arquipélago dos Açores, procedendo de imediato à sua colonização. No ano de 1433 o arquipélago da Madeira é doado ao infante D. Henrique, pelo seu irmão D. Duarte, que entretanto subira ao trono por morte do pai. Na Europa de então o ponto conhecido mais meridional da costa africana era o Cabo Bojador. No ano de 1434 Gil Eanes é o primeiro europeu a passá-lo, eliminando de vez os mitos, os medos e as lendas que se contavam acerca do mesmo. No ano de 1437 é o principal dinamizador e organizador da conquista de Fez, a qual se saldou num fracasso militar enorme, já que o seu irmão mais novo D. Fernando, mais tarde cognominado “O Infante Santo”, foi feito prisioneiro durante 11 anos, até aí falecer. Por morte do seu irmão D. Duarte, auxilia o seu irmão D. Pedro na regência, durante a menoridade do sobrinho D. Afonso V. No ano de 1441 e com a evolução de novas técnicas de marear as embarcações foram também de certo modo acompanhando a evolução, surgiu a caravela, uma embarcação de maior porte e com três a cinco velas, o que permitia um melhor manuseamento e maior velocidade. Neste ano de 1441 Nuno Tristão e Antão Gonçalves atingiram o Cabo Branco. No ano de 1443 chegaram à Baía de Arguim, e aqui procederam à construção de um forte que ficou concluído no ano de 1448. O navegador Dinis Dias chegou ao rio Senegal no ano de 1444, entrando em território guineense; assim os limites sul do grande deserto do Sara são ultrapassados, o que permite ao Infante D. Henrique cumprir um dos seus objectivos; desviar as rotas do comércio do deserto e aceder às riquezas na África Meridional. No ano de 1446 cerca de quatro dezenas de embarcações levantaram âncora de Lagos com destino à costa meridional africana. Em 1450 descobriu-se o arquipélago de Cabo Verde. Foi por esta época encomendada a Fra Mauro, um monge veneziano a elaboração de um mapa - mundo do velho continente e onde reflectisse a costa meridional africana. No ano de 1452 chegou o primeiro ouro da costa africana em quantidade tal, que permitiu a cunhagem dos primeiros cruzados nesse metal. Pelo ano de 1460 e com a continuidade de forte implementação e entusiasmo incutido pelo Infante, Pêro de Sintra chegou à Serra Leoa. D. Henrique ficou conhecido para a história como o Infante de Sagres ou o Navegador, sendo-lhe atribuída a responsabilidade de ter sido o obreiro e iniciador das descobertas. Segundo Gomes Eanes de Zurara, na crónica do descobrimento e conquista da Guiné, dizia que as expedições organizadas e realizadas pelo Infante tinham cinco motivações: 1- conhecer a terra além Canárias e do cabo Bojador; 2- trazer ao reino mercadorias (riqueza); 3- saber até onde chegava o poder muçulmano; e 4- a expansão da fé Cristã. D. Henrique faleceu no ano de 1460, deixando um legado enorme às gerações vindouras, as quais souberam servir-se dele, para mais tarde descobriram o caminho marítimo para Índia, a descoberta do Brasil, a descoberta dos mares da China e Japão.

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Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org.J.wiki/Infante D. Henrique. Trechos avulsos. História de Portugal Manuel Pinheiro Chagas. Óbidos, Maio de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas em 23-03-2011


Artigo 44

Centenário da Implantação da República

(1910-2010)


QUINHENTOS ESCUDOS





José da Silva Carvalho

Chapa 5


Esta nota apresenta na parte da frente o retrato de um dos fundadores do Sinédrio, foi um dos mais notáveis vultos da Revolução de 1820, José da Silva Carvalho. A gravação das estampagens e das chapas das notas estiveram ao cargo da casa Bradbury, Wilkinson & Cº. Ltd., New Malden, Surrey. A frente é composta por duas estampagens calcográficas; sendo uma a preto, com a figura de José da Silva Carvalho, e outra em tom avermelhado, com a fachada do Palácio de Queluz e respectiva cercadura. O fundo em duplex multicolor, é protegido por linhas finas paralelas gravadas na chapa de aço (talhe-doce). O verso é composto com uma estampagem calcográfica a verde-escuro, apresenta um trecho do lago do Palácio de Queluz e uma cabeça numismática simbolizando a “Liberdade”. O fundo em íris é em tudo muito semelhante à composição da frente da nota. O papel foi fabricado pela firma Portals Limited, Laverstoke Mills, Whitchurch, Hampshire, possuindo como marca de água, quando visto à transparência pela frente e sobre o lado direito, a cabeça de Homero, poeta épico da Grécia antiga, de perfil para o centro. Dimensões da nota 177 x 104 mm. Foram emitidas 2 185 600 notas com a data de 18 de Novembro de 1932. A primeira emissão, de 3 de Setembro de 1934 e a última emissão datada de 1 de Setembro de 1939. Foram retiradas de circulação em 30 de Junho de 1948. Biografia: José da Silva Carvalho, obreiro da Revolução Liberal de 1820 nasceu em São João das Areias, Santa Comba Dão em 19 de Dezembro de 1782. Era oriundo de uma família de lavradores humildes que a muito custo conseguiram que frequentasse o Colégio das Artes em Coimbra. No ano de 1800 ingressou na Universidade de Coimbra, concluindo o curso no ano de 1805. No ano de 1810 foi colocado na vila de Recardães, como juiz de fora. No ano de 1814 foi nomeado Juiz dos Órfãos da cidade do Porto; ingressando por esta altura na vida política. No ano de 1818 com o descontentamento provocado pela sistemática interferência inglesa na vida política portuguesa, fundam com outros o “Sinédrio” (associação revolucionária e secreta criada em Portugal por Manuel F. Tomás, Ferreira Borges, o próprio José S. Carvalho e por J. Ferreira Viana, no ano de 1818 na cidade do Porto, que antecedeu à implantação do liberalismo em Portugal, com a Revolução Liberal de 1820). Após a vitoriosa revolta, Silva Carvalho foi eleito membro da Junta Provisional preparatória das Cortes, entre os anos de 1820-1823. Fez parte de Regência do Reino, até ao regresso do rei D. João VI do Brasil. No ano de 1821 foi-lhe confiada a pasta dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça. No ano de 1823 foi obrigado a exilar-se em Inglaterra, em virtude da implantação do absolutismo. No ano de 1826 D. Pedro é aclamado rei e outorgou a Carta Constitucional, a que se seguiu uma larga amnistia, regressando a Portugal muitos dos exilados, entre outros Silva Carvalho. No ano de 1828 D. Miguel, após jurar a Carta regressa a Portugal, onde deveria casar com sua sobrinha Maria da Glória, filha de D. Pedro, que abdicou do trono em favor desta. Quando D. Miguel chegou a Portugal, vindo de Viena de Áustria, rompeu com o juramento e proclamou-se rei absoluto, movendo forte perseguição aos liberais. Silva Carvalho foi obrigado a exilar-se pela segunda vez em Inglaterra. No exílio os liberais formam um partido que tinha como ideal a defesa da Carta Constitucional, que conjuntamente com a vinda de D. Pedro do Brasil, formaram a frente liberal, comandada por este; fizeram uma expedição comandada pelo duque da Terceira aos Açores. No ano de 1832 Silva Carvalho foi nomeado Auditor Geral do Exército Libertador. A expedição saiu de S. Miguel e em princípios de Julho desembarcou na praia do Mindelo, tomando de imediato a cidade do Porto. A reacção de D. Miguel não se fez esperar, fazendo um cerco ao Porto por largo tempo, provocando enormes dissabores às populações. No fim do ano de 1832 D. Pedro IV nomeia Silva Carvalho ministro da Fazenda e no ano de 1833 ministro da Defesa, distinguindo-o pela atitude patriótica que teve na defesa do cerco, pela coragem e inteligência, incutindo ânimo aos mais descrentes e desanimados. Os miguelistas vão sofrendo derrotas umas atrás das outras, primeiro no cerco do Porto; logo de seguida a sua esquadra é derrotada no cabo de S. Vicente pelo duque da Terceira; em Almoster são derrotados pelo duque de Saldanha; por fim o duque da Terceira derrota-os na Asseiceira, pondo fim à guerra civil com a assinatura no ano de 1834 da Convenção de Évora - Monte e com a partida para o exílio de D. Miguel. No ano de 1834 morreu D. Pedro IV, o que desde logo debilitou a acção de Silva Carvalho até que a Revolução de 1836 a aniquilou na totalidade, sendo obrigado mais uma vez a exilar-se pela terceira vez. No ano de 1836, regressou a Portugal, para jurar a Constituição; dotado de um enorme carácter fez as pazes com os adversários, continuando a sua carreira de legislador e de magistrado até ao ano da sua morte. Recusou títulos de nobreza por diversas vezes, aludindo que ia de encontro às suas origens plebeias. Foi Ministro nos reinados de D. João VI, D. Pedro IV e de D. Maria II. Honras de que foi alvo e cargos exercidos: No ano de 1822 foi Ministro da Justiça; Foi o Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, de 1822 a 1839; Foi Ministro da Fazenda entre 1832 e 1836, nos governos do duque de Saldanha e do duque da Terceira; No ano de 1833 acumulou as pastas da Marinha e da Justiça até ao ano de 1834; Foi Membro da Associação Eleitoral do Centro; Foi o primeiro Presidente do Supremo Tribunal de Justiça; Foi Deputado às Cortes por diversas vezes; Par do Reino; Conselheiro do Estado; Condecorado com a Grã-Cruz em Portugal com a Ordem de S. Tiago e em Espanha com a Ordem de Carlos III; e por fim Sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e do Instituto Histórico do Brasil. A sua obra é bastante vasta, tendo sido publicada por um seu descendente. Faleceu em 5 de Setembro de 1856 e foi sepultado no Cemitério dos Prazeres em Lisboa.

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Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org.J. da Silva Carvalho. Maçons e políticos de Portugal. Trechos avulsos.Óbidos, Abril de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas em 16-03-2011.


Artigo 43 Centenário da Implantação da República

(1910-2010)

QUINHENTOS ESCUDOS Duque de Palmela

Chapa 4

O retrato de Duque de Palmela ilustre diplomata, estadista e militar dos fins do século XVIII e dos dois primeiros quartéis do século XIX, foi o escolhido para figurar na frente da nota com a chapa 4. A elaboração das chapas para estas notas e respectivas estampagens foram efectuadas pela firma inglesa Bradbury, Wilkinson & Cº. Ltd., New Malden, Surrey. A parte da frente da nota tem duas estampagens calcográficas; uma a azul, com o retrato do duque, que é a reprodução de uma pintura a óleo de Thomas Lawrence, e outra a tons arroxeados, com a gravura da Capela de S. Brás, em Évora, dísticos e a cercadura, esta com trabalho de guilhoché em linha branca e cheia. O fundo, multicolor, é impresso por processo tipográfico. O verso da nota tem uma estampagem calcográfica a verde-escuro, uma gravura alusiva à extracção da cortiça, sobre fundo de íris, composto por um entrelaçado de linhas ondulantes. O papel é de fabrico da firma Portals Limited, Laverstoke Mills, Whitchurch, Hampshire, e tem como marca de água, no ângulo superior esquerdo quando visto à transparência pela frente, a cabeça do Duque de Palmela, de perfil para a direita e a legenda do Banco de Portugal. Dimensões da nota 176 x 104 mm. Foram emitidas 1 962 000 notas com as datas de 4 de Abril de 1928 e 19 de Abril de 1929. A primeira emissão, a 7 de Junho de 1929 e a última a 31 de Agosto de 1934. Foram retiradas de circulação em 27 de Março de 1945. Biografia: Pedro de Sousa Holstein, mais conhecido por Duque de Palmela nasceu na cidade de Turim em 8 de Maio de 1781 oriundo de uma família da mais alta aristocracia, pois descendia da família real de ambos os progenitores, e também por via paterna dos reis da Dinamarca, era filho de D. Alexandre de Sousa Holstein e de sua mulher D. Juliana de Sousa Coutinho Monteiro Paim. Foi um destacado político da facção cartista, militar de nomeada, desempenhou cargos ministeriáveis; embaixador em diversas cidades europeias, Ministro dos Negócios Estrangeiros e nomeado 1º. Ministro por várias vezes. Desde a sua nascença até 1790, viveu em diversas cidades europeias, acompanhando a sua família, devido ao facto de seu pai servir o País como diplomata. Entre os anos de 1791 e 1795 frequentou na cidade de Genebra um internato, regressando depois a Portugal, onde estudou na Universidade de Coimbra não concluindo o curso que frequentava, pois os deveres hierárquicos obrigaram-no a alistar-se no exército, por ser primogénito de uma casa nobre. No ano de 1796 assentou praça no regimento de cavalaria. No ano seguinte é promovido a capitão e nomeado ajudante de ordens do conde de Lafões. No ano de 1806 foi despachado conselheiro da embaixada de Roma, onde seu pai era embaixador. Neste mesmo ano e no mês de Dezembro faleceu seu pai, sendo o lugar ocupado por ele, D. Pedro com apenas 21 anos de idade. O tempo que viveu em Roma foi-lhe muito grato pois aqui conheceu e conviveu com diversas personalidades como Guay Lussac, célebre químico, madame de Stael, que viria a exercer forte influência na sua vida. Após a sua exoneração do cargo de embaixador, passou uma temporada em Coppet, na casa da ilustre escritora Stael, com quem tinha trocado correspondência. Nesta cidade frequentavam a casa da escritora homens eminentes, como, Mathieu de Montmorency, Frederico e Guilherme Schlegelm Barante, Benjamin Constant, entre outros, personagens das letras e das ciências. Durante a sua estada em Itália iniciou a tradução de “Os Lusíadas” para o francês. Regressou a Portugal dirigindo os negócios de família mas longe da corte. Em Novembro de 1807 Portugal é invadido pelos franceses. No ano de 1808 apresentou-se para servir no exército que deveria libertar Portugal; com o posto de major foi nomeado ajudante de ordens do coronel Trant, encarregado no ano seguinte de organizar as milícias portuguesas. No ano de 1810 foi nomeado ministro em Cádiz, em virtude da sua força residir mais na arte da diplomacia do que na das armas, onde se conservou até quase ao fim da Guerra Peninsular. Casou em Junho do mesmo ano com D. Eugénia Teles da Gama, filha dos marqueses da Niza. O desempenho de Pedro de Sousa, valeu-lhe o título de conde de Palmela no ano de 1812. Neste mesmo ano foi transferido para a cidade de Londres como embaixador, sendo considerado o lugar mais importante da nossa diplomacia por essa altura. No ano de 1814 foi publicada a primeira edição dos Lusíadas em língua francesa. No ano de 1815 terminada a guerra, o conde de Palmela, foi nomeado nosso plenipotenciário no famoso congresso de Viena; aqui munido de todos os poderes defendeu incansavelmente a causa de Olivença, sem conseguir obter do referido congresso o apoio necessário à restituição desta praça ocupada pelos espanhóis; também viu gorado todos os esforços com o recebimento das indemnizações a que Portugal tinha direito com a repartição pelas potências aliadas da indemnização de guerra, no valor de 2 milhões de francos, aproximadamente o valor de 360 mil escudos, o equivalente hoje a mais ou menos 1 800 euro. No ano de 1816 regressou a Londres e posteriormente a Portugal, onde foi recebido com entusiasmo e louvado pela sua persistência na condução da resolução dos conflitos que não conseguiu resolver, pois a própria Inglaterra votava sempre contra a posição portuguesa. No ano de 1817 foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, o que não lhe agradou, pois mais preferiria a sua acção como embaixador junto dos grandes centros intelectuais da Europa, do que partir para a cidade do Rio de Janeiro, então capital e onde se encontrava instalada a corte desde as invasões francesas no ano de 1807. No ano de 1820, e após diversas diligências do rei D. João VI, o conde de Palmela foi obrigado a deixar Londres e partir para Lisboa e daqui para o Brasil; entretanto rebentara neste ano a revolução na cidade do Porto e pouco depois em Lisboa. Em Outubro de 1820, o conde de Palmela seguiu de imediato para o Rio de Janeiro levando a notícia dos acontecimentos de Lisboa. No ano de 1821 a corte regressou a Portugal conjuntamente com o conde de Palmela. No ano de 1824 e na sequência da tentativa do golpe conhecido como “Abrilada”, promovida pela rainha Carlota Joaquina e pelo seu filho o infante D. Miguel, Palmela foi feito prisioneiro e enclausurado na Torre de Belém sob a acusação de ser o líder das forças liberais; pouco tempo depois o rei D. João VI viria a libertá-lo. No ano de 1825 recompensou-o com o título de Marquês e o cargo de embaixador em Londres. Nesta cidade recebeu sucessivamente as notícias da morte de D. João VI, da abdicação ao trono de seu filho D. Pedro IV, a favor de sua filha D. Maria da Glória, que deveria casar com o seu tio o infante D. Miguel, e por fim a usurpação do trono por este último no ano de 1828. Palmela resignou ao cargo de embaixador neste ano de 1828 e dirigiu-se ao Porto onde conjuntamente com o duque de Saldanha, encabeçaram um movimento revolucionário contra os absolutistas – conhecido pela “Belfastada”, que viria a fracassar; compreendendo que as forças liberais teriam que se apetrechar e equipar convenientemente para levar de vencida D. Miguel, abandonou Portugal, com destino a Londres, mas desta feita como exilado político. No ano de 1830 chegou a Londres vindo de Portugal D. Tomás de Mascarenhas com ordens de D. Pedro IV para que o Marquês fosse organizar a regência em conjunto com o conde de Vila Flor, o que sucedeu de imediato. Em 1832 o marquês tomou posse do Ministério dos estrangeiros e interinamente do reino. Ainda no decorrer do ano de 1832, e apesar de ser general, deixa as pastas do estrangeiro e do reino, pois a função era a de diplomata e não a de armas; o marquês vai para o estrangeiro com o intento de obter apoios para a causa liberal. Conseguido o auxílio necessário e em conjunto com outros organizou-se uma expedição ao Algarve com o fim de dar o golpe mortal na causa do despotismo. No ano de 1833, o marquês entra triunfal na cidade do Porto, onde é recebido e aclamado com os maiores triunfos e louvores. Neste mesmo ano, D. Pedro dá-lhe o título de duque do Faial, o qual foi substituído pelo de duque de Palmela. Por morte de D. Pedro sucedeu-lhe sua filha D. Maria II, a qual nessa altura tinha 15 anos de idade; esta mandou chamar o duque de Palmela, dando-lhe o cargo de Presidente de ministros. Foi demitido após ter pedido a demissão por diversas vezes em virtude das intrigas que a oposição política lhe fazia. Fez parte de diversos governos de autoria do marquês de Saldanha, e de Passos Manuel. No ano de 1836 rebentou a revolução de 9 de Setembro, e o duque de Palmela teve de se exilar. No ano de 1837, o mesmo governo que o obrigou ao exílio pediu-lhe que aceitasse o cargo de embaixador extraordinário em Londres, para assistir à coroação, no ano de 1838, daquela que foi a soberana que mais tempo reinou na Europa, a rainha Vitória. No ano de 1841, regressou a Portugal e após a sua eleição como senador, foi indigitado presidente da câmara dos mesmos. No ano de 1842 desempenhou o cargo de presidente do conselho. No ano de 1846 viajou até Itália com sua mulher, onde ficou um ano. Enviuvou no ano de 1848 e, nos restantes anos de vida que ainda lhe restaram, conservou-se afastado da política, organizando a sua correspondência oficial, recebendo os seus amigos na sua quinta do Lumiar. Das suas obras e escritos realço as seguintes: Manifesto dos direitos de sua Majestade Fidelíssima, a senhora D. Maria II; Discursos parlamentares, proferidos nas Câmaras Legislativas; Carta ao editor do Diário de Governo; e muito mais escreveu ao longo da sua vida, como artigos em jornais nacionais e estrangeiros sobre assuntos políticos e económicos de Portugal. Títulos e honrarias de que foi alvo durante a sua vida: - 13º. Senhor do morgado de Calhariz, Monfalim e Fonte do Anjo; Capitão da Guarda Real dos Archeiros; Alcaiade - mor da Sertã; Condecorado com a Grã - Cruz das Ordens de Cristo e Torre Espada; Cavaleiro da Ordem do Tosão de Ouro; Grã-Cruz das Ordens de Carlos III de Espanha; da Legião de Honra, de França; de Santo Alexandre Newsky, na Rússia; Cavaleiro da Ordem de S. João de Jerusalém; Par do Reino e Presidente da respectiva Câmara; Presidente da Câmara dos Senadores; Conselheiro de Estado; Embaixador Extraordinário; Ministro Plenipotenciário; Ministro e Secretário de Estado; Presidente do Conselho de Ministros; Marechal de Campo; Sócio honorário da Academia Real das Ciências e por fim Presidente da Sociedade Arqueológica de Setúbal. Faleceu na Quinta do Lumiar em 12 de Outubro de 1850, sendo sepultado no cemitério dos Prazeres num mausoléu familiar, sendo a sua morte muito sentida por todos.

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Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia/Pedro S. Holstein. Arqnet-dicionário Palmela.Óbidos, Abril de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas em 09-03-2011.


CENTENÁRIO DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

Vultos da República

20 º Artigo


António Maria de Azevedo Machado Santos, também conhecido por Machado Santos nasceu na cidade de Lisboa em 10 de Janeiro de 1875. Foi militar, político, considerado o fundador da República Portuguesa pelo valor e bravura com que se bateu na Revolução de 5 de Outubro de 1910 e também na defesa do regime contra as intentonas monárquicas de Janeiro de 1919. Nada se sabe da sua infância ou juventude. No ano de 1891, alistou-se na Marinha iniciando uma carreira de comissário naval. No ano seguinte é aspirante de 2ª. classe, ou 2º.comissário. Em 1895 é nomeado 3º. Comissário. Inicia-se na Carbonária no ano de 1908, afirmando-se como um conspirador, presente em todos os movimentos revolucionários que precederam a queda da monarquia, distinguindo-se na Revolta de 28 de Janeiro de 1908. No ano de 1910, tem o posto de 2º. Tenente, e na altura da Revolução de 5 de Outubro é o principal estratega e protagonista. A revolução republicana era composta por dois chefes; um civil, o Dr. Miguel Bombarda e o outro militar o Almirante Cândido dos Reis. Estava tudo preparado para a execução do golpe, mas este sofre um revés devido ao desaparecimento quase em simultâneo destes dois estrategas; o Dr. Miguel Bombarda foi assassinado na manhã do dia 3 de Outubro por um militar alienado que o tratara, e o Almirante Cândido dos Reis suicidou-se na madrugada de 4, pouco depois da eclosão do movimento por terra e mar. Machado Santos acompanhado por um grupo de civis, assaltou e tomou o quartel de Campo de Ourique, o qual tivera na preparação, um papel de relevo apesar de seu nome não ser do conhecimento público. Após revoltado o regimento de Infantaria 16, Machado Santos e os demais dirigem-se de imediato para o quartel de Artilharia 1 em Campolide, onde já se encontravam outros revolucionários armados com peças de artilharia. Daqui partiram duas colunas que constituíam a principal força revolucionária. Após fracassadas algumas missões de que estavam incumbidos, retiraram-se e reorganizaram-se encaminhando-se pela rua Alexandre Herculano para a Rotunda na Avenida, instalando-se na parte mais elevada, esperando aí pelo ataque das forças monárquicas, que sob o comando do general Rafael Gorjão, com a Guarda Municipal e a Polícia se preparavam para a luta, encontrando-se em superioridade numérica, o que permitia desde logo dominar os revolucionários, mas estes tinha um factor primordial a seu favor que se tornou decisivo “O povo de Lisboa”. Comandava as tropas revolucionárias o comissário Machado dos Santos o oficial de mais elevada patente, que auxiliado por centenas de civis, soldados e sargentos, se manteve firme, ao invés dos outros oficiais de patente mais elevada que abandonaram o local convencidos como o almirante Cândido dos Reis de que a derrota era inevitável, o que não aconteceu, permanecendo Machado Santos com mais oito sargentos, até ao fim, que terminou a contento dos revolucionários. Perante esta situação as forças monárquicas e as demais pouco lutaram ao aperceberem-se que o povo estava de certo modo com os revolucionários, evitando assim um banho de sangue para ambos os lados, apesar de ter havido feridos e mortes mas em número reduzido. Ficou para a história como o fundador da República em Portugal. No mesmo ano funda o jornal “O Intransigente”. Em 1911 é eleito deputado para a Assembleia Constituinte, e galardoado com o posto de capitão - de - mar e guerra. Mantendo sempre um espírito revolucionário e conspirativo do período anterior à revolução republicana, passa a ser um elemento extremamente activo, organizando ou participando nos movimentos de Abril de 1913, de 26 de Janeiro de 1914, e no Movimento das Espadas, no ano de 1915, que se caracterizou pelo descontentamento de oficiais militares com o estado de país; estes tentando simbolicamente entregar as suas espadas ao então Presidente da República Manuel de Arriaga. Machado dos Santos teve um papel determinante; já que ao deslocar-se ao Palácio de Belém para entregar a espada que usara nos combates da Rotunda, deitou por terra a acusação de pró - monárquicos com que o Partido Democrático Republicano (no poder) justificara a prisão dos oficiais amotinados. No mesmo ano é preso e deportado para os Açores durante a ditadura de Pimenta de Castro. No ano de 1916 em Dezembro chefia a revolta de Tomar, sendo novamente preso, indo para a prisão do Fontelo em Viseu. Durante a ditadura de Sidónio Pais foi Ministro do Interior no ano de 1917. Secretário de Estado das Subsistências e Transportes, no segundo governo de Sidónio, até 11 de Maio de 1918, altura em que rompe com este. No ano de 1919 organiza um grupo de combatentes que se bate contra os revoltosos monárquicos em Lisboa. Recolhe à vida privada, retirando-se da política. No fatídico dia 19 de Outubro de 1921, é brutalmente assassinado conjuntamente com Manuel da Maia, António Granjo e outros relevantes republicanos, naquele que ficou marcado como “A Noite Sangrenta”. Nunca foram descobertos os cabecilhas desta matança, mas segundo elementos recolhidos pela viúva de Machado dos Santos, junto do autor confesso dos crimes, estes foram organizados pelos monárquicos e acompanhados por uma facção da igreja. Tem fundamento este depoimento, em virtude de nunca ter sido reaberto o processo – crime, apesar de ter sido informada a viúva pelo o general Carmona, que iriam proceder à sua reabertura, para apuramento dos factos, o que não aconteceu, pelo motivo das personagens envolvidas.

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Bibliografia: História da 1ª. República de Carlos Ferrão; Vidaslusofonas.pt/machado santos; wikipedia.org/Maria de Azevedo Machado dos Santos. Óbidos, Fevereiro de 2011.

Publicado no Jornal das Caldas em 02-03-2011

Artigo 42 Centenário da Implantação da República (1910-2010)

Numária O Papel-moeda

b QUINHENTOS ESCUDOS Camilo Castelo Branco Chapa 3 Ilustra esta nota o retrato do grande romancista português Camilo Castelo Branco. Características das notas: O fabrico destas notas ficou a cargo da firma inglesa Waterlow & Sons Ltd. Tem duas estampagens calcográficas na frente; uma, em tom avermelhado contém a moldura do retrato e os desenhos da cercadura, a outra a preto, o retrato do romancista português (1825-1890), uma vista parcial da cidade do Porto. O verso da nota contém uma estampagem calcográfica, em tom avermelhado, com largo trabalho de torno geométrico em linha branca. O papel é de fabrico inglês com uma marca de água. Dimensões da nota 176 x 107 mm. Estas notas por deliberação do Conselho de Administração de 4 de Abril de 1933 foram queimadas sem ser emitidas, devido ao deflagrar do caso “Angola Metrópole”. As notas já prontas foram guardadas, apenas servindo em situações de extrema necessidade. O nome constante na nota da firma estampadora que estava envolvida num processo que tinha causado profundos danos ao Banco foi razão suficientemente forte para impedir a sua emissão. Biografia: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, mais conhecido por Camilo Castelo Branco, além de romancista de excepção, foi também cronista, crítico, historiador, tradutor, dramaturgo e poeta.

Ver descrição biográfica na nota de cem escudos, chapa 7.

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Publicado no Jornal das Caldas de 02-03-2011