quarta-feira, 29 de dezembro de 2010



CENTENÁRIO DA IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA
Vultos da República
11º. Artigo


António Luciano Aresta Branco nasceu no ano de 1862 na vila de Amareleja concelho de Moura, filho de António Aresta Jorge e de sua mulher Pulquéria Branco. Foi jornalista, político, médico, deputado, Governador Civil e Ministro da Marinha. Em 1884, com 22 anos de idade trabalhava numa farmácia da cidade de Beja. Iniciou os seus estudos tardiamente terminando o curso dos liceus em apenas três anos. No ano de 1887 vem para a cidade de Lisboa onde cursou e concluiu com brilhantismo o curso de Medicina na Escola Politécnica com apenas trinta e dois anos. Durante os estudos, fez jornalismo e dedicou parte do seu tempo a actividades académicas e políticas. Enquanto escritor, adoptou o pseudónimo de “Emílio”; de muito novo foi deputado no tempo da monarquia e logo após as constituintes. Implantada a República foi nomeado Governador Civil de Beja, entre 5 de Outubro de 1910 e 4 de Julho de 1911. Com o desmembramento do Partido Republicano Português, no ano de 1911, foi fundador com Brito Camacho e António José de Almeida do Partido Unionista, assim como foi colaborador com as mesmas personagens no Jornal “A Pátria”. Esteve filiado no Partido Republicano Português, no Partido Unionista e no Partido Evolucionista. Casou com Maria Ana Lança da Fonseca de quem teve um filho. Em 1911 foi vogal do Conselho Superior de Administração Financeira do Estado. Foi Presidente da Câmara de Deputados por três legislaturas. No ano de 1915 assume-se como primeiro defensor dos produtores de lã, advogando a liberdade total e incondicional para as exportações. Foi Ministro da Marinha, na Presidência de Sidónio Pais, entre 11 de Setembro de 1917 e 7 de Março de 1918, vivendo a “Revolta dos Marinheiros” do quartel de Alcântara, que se amotinaram por se considerarem humilhados pelo facto de terem sido obrigados a desfilar desarmados na “Parada da Vitória”. Esta amotinação foi sanada no dia seguinte com a intervenção da artilharia a partir do castelo de S. Jorge, que entretanto tinha atingido o cruzador “Vasco da Gama”, que circulava no Tejo apoiando os revoltosos. Faleceu na cidade de Lisboa em Outubro de 1952 com a bonita idade de 90 anos.
F I M
Fontes: avozdaabita. com. ministros da marinha na república. Dicionário. Trechos avulsos.
Óbidos – Setembro de 2010.
Publicado no Jornal das Caldas em 2010-12-29

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