quinta-feira, 23 de julho de 2015

 
Numismática

MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO

62ª. Moeda
Património da Humanidade
Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
         2,50 Euro               
Características da moeda
Anv: Apresenta no centro do campo uma vide emergindo das paredes vulcânicas; sobre o lado direito apresenta o valor facial da moeda em duas linhas "2,50 euro", no lado oposto figuram as armas nacionais assentes na esfera armilar e, em toda a orla superior, a legenda "República Portuguesa - 2011".
Rev: Apresenta no campo central como elemento de fundo, o cone vulcânico da ilha do Pico, parcialmente coberto por uma nuvem, mais abaixo figura um conjunto de "Curraletas", do qual ressalta uma folha de vide. Na orla do lado direito figura a designação "Unesco" e na restante orla, a envolver a moeda, a legenda "Açores" e o logótipo do Património Mundial - seguida da legenda "Vinhas da Ilha do Pico".
 Autor: Paula Lourenço.
Moedas com acabamento normal:
Valor facial 2,50 Euro; CN; Dia. 28 mm; Peso 10 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 100.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia. 28 mm; Peso 12 g; Bordo serrilhado. Cunhagem de 3.000 exemplares.
 
A Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico é um sítio classificado pela UNESCO desde 2004, compreendendo uma área de 987 hectares na ilha do Pico, a segunda maior do arquipélago dos Açores.
A zona classificada inclui um notável padrão de muros lineares paralelos e perpendiculares à linha de costa rochosa, onde as vinhas são cultivadas em chão de lava negra.
A cultura da vinha na Ilha do Pico começou no final do séc. XV, quando se iniciou o povoamento da ilha. Graças ao solo vulcânico, rico em nutrientes, ao micro clima seco e quente das encostas protegidas do vento por muros de pedra áspera e escura e aquecidas pelos raios do sol, as vinhas, da casta verdelho, conseguiram aqui condições excepcionais de maturação. Mais tarde, o vinho foi exportado para muitos países da Europa e América e chegou até a mesa da corte russa. As vinhas, que marcam a paisagem da ilha, produzem ainda um fresco vinho frutado, seco e leve, que é o aconselhado a acompanhar pratos de marisco ou peixe e também o vinho de cheiro, cuja presença é obrigatória nas mesas em dias de festa.
Os muros foram construídos para protecção dos milhares de pequenos e contíguos lotes rectangulares (designados currais ou curraletas) da resalga proveniente da água do mar e do vento marítimo, mas deixando entrar o sol necessário à maturação das uvas.
A diversidade da fauna e da flora aqui presente está directamente associada a uma rica presença de espécies endémicas das florestas de Laurissilva características da Macaronésia, algumas muito raras e protegidas por lei, como é o caso da Myrica faya, frequentemente utilizada para fazer abrigos.
Registos desta vinicultura, cujas origens datam do século XV, manifestam-se na extraordinária colecção existente em casas particulares, solares do início do século XIX, adegas, igrejas e portos. A belíssima paisagem construída pelo homem neste local é remanescente de uma prática antiga, muito mais vasta na região açoriana.
Após a sua classificação pelas UNESCO, o Governo Regional dos Açores procedeu à criação do Gabinete Técnico da Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico.

Área Protegida da Cultura da Vinha

Dada a sua distribuição geográfica ao longo do litoral da ilha, estes campos de vinha foram divididos da seguinte forma:
 
Fontes
1 - https://pt.wikipedia.org/.../Paisagem_da_Cultura_da_Vinha_da_Ilha_do...;
2 - Imprensa Nacional Casa da moeda;
3- Colecção particular do autor.
Publicado no Jornal das Caldas de 22 de Julho de 2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


Sem comentários: