Numismática
MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO
62ª. Moeda
Património da Humanidade
Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
2,50 Euro
Características da
moeda
Anv: Apresenta no centro do campo
uma vide emergindo das paredes vulcânicas; sobre
o lado direito apresenta o valor facial da moeda em duas linhas "2,50
euro", no lado oposto figuram as armas nacionais assentes na esfera
armilar e, em toda a orla superior, a legenda "República Portuguesa -
2011".
Rev: Apresenta no campo central como
elemento de fundo, o cone vulcânico da ilha do Pico, parcialmente coberto por
uma nuvem, mais abaixo figura um conjunto de "Curraletas", do qual
ressalta uma folha de vide. Na orla do lado direito figura a designação
"Unesco" e na restante orla, a envolver a moeda, a legenda
"Açores" e o logótipo do Património Mundial - seguida da legenda
"Vinhas da Ilha do Pico".
Moedas com acabamento normal:
Valor facial 2,50 Euro; CN; Dia. 28
mm; Peso 10 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 100.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 Euro; Ag:
925/1000 de toque; Dia. 28 mm; Peso 12 g; Bordo serrilhado. Cunhagem de 3.000
exemplares.
A Paisagem
da Cultura da Vinha da Ilha do Pico é um sítio classificado pela UNESCO desde 2004, compreendendo
uma área de 987 hectares na ilha do
Pico, a segunda maior do arquipélago dos Açores.
A zona classificada inclui um notável padrão de
muros lineares paralelos e perpendiculares
à linha de costa
rochosa, onde as vinhas
são cultivadas em chão de lava negra.
A cultura da vinha na Ilha do Pico começou no final do séc. XV, quando se
iniciou o povoamento da ilha. Graças ao solo
vulcânico, rico em nutrientes, ao micro clima seco e quente das encostas protegidas do vento por
muros de pedra áspera e escura e aquecidas pelos raios do sol, as
vinhas, da casta verdelho, conseguiram aqui condições excepcionais
de maturação. Mais tarde, o vinho foi exportado para muitos países da Europa e
América e chegou até a mesa da corte russa. As vinhas, que marcam a
paisagem da ilha, produzem
ainda um fresco vinho frutado, seco e leve, que é o aconselhado
a acompanhar pratos de marisco ou peixe e também o vinho de cheiro, cuja presença é
obrigatória nas mesas em dias de festa.
Os muros foram construídos para protecção dos
milhares de pequenos e contíguos lotes rectangulares (designados currais
ou curraletas) da resalga proveniente da água do mar e do vento marítimo, mas
deixando entrar o sol necessário à maturação das uvas.
A diversidade da fauna e da flora aqui presente
está directamente associada a uma rica presença de espécies endémicas
das florestas
de Laurissilva
características da Macaronésia, algumas muito raras e protegidas por lei,
como é o caso da Myrica faya, frequentemente utilizada para fazer
abrigos.
Registos desta vinicultura,
cujas origens datam do século XV, manifestam-se na extraordinária colecção
existente em casas particulares, solares do início do século
XIX, adegas, igrejas e portos. A belíssima paisagem construída pelo
homem neste local é remanescente de uma prática antiga, muito mais vasta na
região açoriana.
Após a sua classificação pelas UNESCO, o Governo Regional dos Açores procedeu à
criação do Gabinete Técnico da Paisagem Protegida de Interesse Regional da
Cultura da Vinha da Ilha do Pico.
Área Protegida da Cultura
da Vinha
Dada a sua
distribuição geográfica ao longo do litoral da ilha, estes campos de vinha foram
divididos da seguinte forma:
1 -Área
de Paisagem Protegida da Cultura da Vinha da Ponta da Ilha, com
2,97 km².
5 - Área
de Paisagem Protegida da Cultura da Vinha de São Mateus e São Caetano, com
1,50 km².
Fontes
1 - https://pt.wikipedia.org/.../Paisagem_da_Cultura_da_Vinha_da_Ilha_do...;
2 - Imprensa Nacional Casa da moeda;
3- Colecção particular do autor.
Publicado no Jornal das Caldas de 22 de Julho de 2015