Numismática
MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO
52ª. Moeda
Património da Humanidade
Sítio Arqueológico do Vale do Côa
2,50 Euro
Características da
moeda
Anv: Apresenta na orla inferior
da moeda o valor facial "2,50 €", no centro envolvendo o escudo
nacional e a esfera armilar, a legenda "República Portuguesa-2010" e,
como elemento de fundo, surge-nos um conjunto representativo de gravuras de
arte rupestre.
Rev: Na parte exterior da moeda,
surge um conjunto de várias espécies de animais sobrepostos, evidenciando-se a
imagem de um cavalo, sobre o lado esquerdo a legenda "UNESCO" e, no
campo central, envolvendo o logótipo do "Património Mundial",
inscreve-se a legenda "Sítio Arqueológico Vale do Côa".
Autor: António Marinho:
Moedas
em cuproníquel com acabamento normal:
Valor
facial 2,50 €; Dia. 28 mm; Peso 10 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 120.000
exemplares.
Moedas
de Prata proof:
Valor
facial 2,50 € Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g; Bordo
serrilhado. Cunhagem de 5.000 exemplares.
Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa
situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Côa sendo também abrangidos
os municípios de Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel, no distrito
da Guarda.
Forma uma rara
concentração de arte rupestre composta por gravuras
em pedra datadas do Paleolítico Superior (22 000–10 000 a.C.),
constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente
no mundo.
O património
mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte
rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000, o homem
gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas
xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro,
no nordeste de Portugal.
As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição
preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e
180 cm, embora a maioria tenha a dimensão entre 40 a 50 cm. As técnicas de
gravação usadas são a picotagem e o abrasão. Os traços são largos, embora sejam
por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviam de
esboço ou complementavam os anteriores. As gravuras representam essencialmente
figuras animalescas, embora se conheça uma representação humana e outra
abstracta. Os animais mais representados são os cavalos e os bovinos
(auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em
associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem
sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem
individualizadas.
Estão identificados
14 locais de arte rupestre paleolítica, distribuindo-se ao longo de uma dezena
de quilómetros. São eles, de norte a sul:
Núcleo de arte rupestre da Broeira;
Núcleo de arte rupestre da Faia/Vale Afonsinho;
Núcleo de arte rupestre do Vale dos Namorados;
Núcleo de arte rupestre de Vale de Moinhos;
Núcleo de arte rupestre do Vale da Figueira/Teixugo;
Núcleo de arte rupestre da Ribeira de Piscos/Quinta dos Poios;
Núcleo de arte rupestre de Meijapão;
Núcleo de arte rupestre da Fonte Frieira;
Núcleo de arte rupestre da Penascosa;
Estação arqueológica da Quinta de Santa Maria da Ervamoira;
Núcleo Arqueológico de Habitat Paleolítico do Salto do
Boi/Cardina;
Núcleo de arte rupestre da Ribeirinha;
Núcleo de arte rupestre da Quinta do Fariseu;
Núcleo de arte rupestre da Quinta da Barca.
Mais locais estão em vias de ser
classificados (10), que vêm a enriquecer substancialmente este vasto património
a preservar com as gravuras rupestres, tornando um dos maiores polos mundiais
nesta área.
Fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Sítios_de_arte_rupestre_do_Vale_do_Coa;I.N.C.M.;
e colecção particular do autor.
Publicado no Jornal das Caldas em 11 de Março de 2015
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