Numismática
40ª. Moeda
Série – Património da Humanidade
Alto Douro Vinhateiro
2,50 Euro
Características da moeda
Anv: Apresenta no centro do campo
um elemento que é ao mesmo tempo uma sugestão do curso do rio Douro e ou uma
cepa de onde pendem duas folhas de videira, com o escudo da república e na orla
inferior o valor facial da moeda 2,50 EURO.
Rev: Apresenta no campo central a imagem do rio e o seu
vale, a sequencia das montanhas, com os socalcos que as caracterizam, e na orla
inferior a legenda "Alto Douro Vinhateiro" e o logótipo do património
Mundial da UNESCO.
Autor: Armando Alves.
Moedas
de Prata com acabamento normal:
Valor
facial 2,50 Euro; Cn; Dia 28 mm; Peso 10 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 150.000
exemplares.
Moedas
de Prata proof:
Valor
facial 2,50 Euro; Ag: 925/100 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g.; Bordo
serrilhado. Cunhagem de 5.000 exemplares.
O Alto Douro Vinhateiro é uma zona particularmente
representativa da paisagem que caracteriza a vasta Região Demarcada do Douro, a
mais antiga região vitícola regulamentada do mundo. A paisagem cultural do Alto
Douro combina a natureza monumental do vale do rio Douro, feito de encostas
íngremes e solos pobres e acidentados, com a acção ancestral e contínua do
Homem, adaptando o espaço às necessidades agrícolas de tipo mediterrâneo que a
região suporta. Esta relação íntima entre a actividade humana e a natureza
permitiu criar um ecossistema de valor único, onde as características do
terreno são aproveitadas de forma exemplar, com a modelação da paisagem em
socalcos, preservando-a da erosão e permitindo o cultivo da vinha. A região
produz o famoso vinho do Porto, representando o principal vector de dinamização
da tecnologia, da cultura, das tradições e da economia locais. O grande
investimento humano nesta paisagem de singular beleza tornou possível a fixação
das populações desde a longínqua ocupação romana, e dele resultou uma realidade
viva e em evolução, ao mesmo tempo testemunho do passado e motor do futuro.
A Região Vinhateira do Alto Douro ou Alto Douro Vinhateiro é uma área do nordeste de Portugal com mais de 26 mil hectares, classificada pela UNESCO, em 14 de
Dezembro de 2001, como Património da Humanidade, na categoria de paisagem cultural e rodeada de
montanhas que lhe dão características mesológicas e climáticas particulares.
Esta região, que é banhada pelo Rio Douro e
produz vinho há mais de 2000 anos, entre os quais, o mundialmente
célebre vinho do Porto.
Suas origens remontam à segunda metade do século XVII,
altura em que o Vinho do Porto começa a ser produzido e exportado em
quantidade, especialmente para a Inglaterra.
Contudo, os elevados lucros obtidos com as exportações
para a Inglaterra viriam a gerar situações de fraude, de abuso e de adulteração
da qualidade do vinho generoso. Os principais produtores de vinho durienses
exigem então a intervenção do governo e a 10 de Setembro de 1756, é finalmente
criada a "Companhia Geral da Agricultura das
Vinhas do Alto Douro".
Para demarcar o espaço físico da região foram então
mandados implantar 201 marcos de granito. No ano de 1761 são colocados mais 134
marcos pombalinos, perfazendo então um total de 335.
Já em 10 de Maio de 1907, ao abrigo do decreto assinado
por João Franco, a região demarcada é novamente delimitada, estendendo-se para
o Douro Superior.
Abrange os concelhos de Mesão Frio, Peso
da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real,
Alijó Saborosa, Murça, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Lamego,
Armamar, Tabuaço, S. João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa.
São
vários os tipos de vinhos que se obtêm das diversas castas oriundas desta zona
privilegiada:
Lágrima: Vinho
branco que pode ser seco, doce ou muito doce, chega ao mercado depois de três
anos de estágio.
Os vinhos produzidos a partir de castas tintas distinguem-se
pelo processo de envelhecimento, que pode ser através de um processo de
envelhecimento durante décadas em garrafas ou em cascos de madeira, os que
seguem este último processo podem ser:
Ruby: Chegam ao
mercado geralmente com a idade de três anos
Tawny: Envelhecem
geralmente 5 anos em cascos de carvalho antes de chegar a garrafa, dentro deste
existem os Tawnies com
indicação de idade e os Tawnies com indicação da data de
colheita
Estilo Vintage:
Pode ser bebido logo após o engarrafamento
Crusted Envelhecido
em casco durante 2 ou 3 anos, posteriormente passa ainda 3 / 4 anos em garrafa
antes de ser consumido
Para além dos vinhos amadurecidos em cascos de madeira, o
vinho do Porto pode ainda ser envelhecido em garrafa, através deste método
criam-se as qualidades superiores do vinho do Porto como:
Late Bottled Vintage:
Vinho que resulta apenas de colheitas de boas qualidades, passa entre 4 a 6
anos em cascos antes de ser engarrafado
Vintage: Nem todas
as vindimas os podem gerar pois são resultado de uma reunião de excepcionais
condições climáticas que permitem maturações ideais para criação máxima das
vinhas do Douro.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Vinhateira_do_Alto_Douro;
Imprensa Nacional Casa da Moeda;
Colecção particular do autor.
F I M
Publicado no Jornal das Caldas em 22-10-2014
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