Numismática
8ª. Moeda
Património da Humanidade
Centro Histórico de Évora
5 Euro
Características da
moeda
Anv: Apresenta a linha de
limitação da planta geográfica do centro histórico da cidade de Évora, onde se
sobrepõe no lado esquerdo as armas nacionais assentes na esfera armilar e sobre
o lado direito o valor facial da moeda “5 euro”, encimada na orla superior pela
legenda “República Portuguesa” e na orla inferior pela era da cunhagem da moeda
“2004”.
Rev: Apresenta a figura do Largo
das Portas de Moura, representado pela sua fonte renascentista e pelo mirante
da casa Cordovil, do estilo luso-mourisco, o logotipo do Património Mundial da
Unesco, encimada pela legenda “Unesco Património Mundial” e na orla inferior
pela legenda em duas linhas “Centro Histórico de Évora”..
Autor: José Cândido.
Moedas
de Prata com acabamento normal:
Valor
facial 5 Euro; Ag: 500/1000 de toque; Dia 30 mm; Peso 14 g.; Bordo serrilhado.
Cunhagem 300.000 exemplares.
Moedas
de Prata proof:
Valor
facial 5 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 30 mm; Peso 14 g.; Bordo serrilhado.
Cunhagem de 10.000 exemplares.
História
A cidade de Évora fica situada na planície alentejana,
num ponto de cruzamento milenar de vias e rotas comerciais da Península Ibérica.
A cidade adquiriu desde a antiguidade uma importância vital política e social
para todas as civilizações que marcaram o território, advindo daí como pólo
urbano a riqueza acumulada de dois mil anos de história. Da presença
romana, onde recebeu o nome de Liberalitas Julia, subsistem um sistema viário e uma
malha urbana ainda verificáveis no cadastro actual e a antiga urbe legou-nos a
monumentalidade do Templo de Diana. Da ocupação muçulmana crescida à sombra das
muralhas tardo-romanas subsiste o traçado tortuoso de alguns arruamentos da
parte antiga do casco histórico. Na Idade Média Évora adquiriu uma posição de
destaque no Reino Português e cresceu até aos limites da Cerca Nova, a segunda
cinta de muralhas, datando do mesmo período o início da construção da Sé
Catedral, monumento que constituiu o primeiro estaleiro do gótico português. A
instituição da Universidade em 1556 reforçou a dimensão cultural da cidade e
traduziu-se numa produção artística, arquitectónica e cosmopolita ainda hoje
patente em conventos, palácios renascentistas, maneiristas e barrocos. Pela
cidade ainda se podem vislumbrar vestígios de diversas civilizações e culturas
– celtas, romanas, árabes, judias e cristãs que foram os alicerces
predominantes da arquitectura eborense. O Centro Histórico de Évora, formado
por ruas estreitas e travessas, pátios e largos, tem uma área de 107 hectares e
é claramente demarcado pelas muralhas medievais com a extensão de mais de 3 km.
A cidade foi habitada desde o período romano, destacando-se neste período o
“Templo de Diana”; foi ocupada posteriormente por invasões bárbaras (domínio
visigótico), foi no ano de 715 D.C. conquistada aos mouros; Geraldo Geraldes
cognominado o “Sem pavor” no ano de 1166, conquistou a cidade aos mouros e no
ano seguinte o rei D. Afonso Henriques concedeu-lhe foral. Durante a Idade Média,
foi das cidades mais prósperas do reino, mais precisamente entre 1385-1580,
durante a dinastia de Avis. No ano de 1551, foi fundada a Universidade pelos
Jesuítas, recebendo grandes mestres como Clenardo e Molina. No século XVIII, e
sob as ordens do Marques de Pombal (1759), a Universidade foi encerrada,
aquando da expulsão dos seus fundadores.
A testemunhar a
dinâmica histórica e cultural das várias épocas, ficaram os muitos e belos
monumentos realizados por diferentes artistas, que hoje podem ser admirados em
todo o seu esplendor.
Capela dos Ossos - É uma capela da Igreja
de S. Francisco cujas paredes se encontram todas forradas com ossadas humanas.
Era local de meditação sobre a morte para os monges. Templo de Diana - É o monumento mais conhecido de Évora. Trata-se
das ruínas dum templo romano outrora ali existente. Fica na praça Conde Vila
Flor, junto à Catedral, ao Museu e à Pousada dos Loios.
Catedral - Edifício monumental românico-gótico (se. XIII-XIV). Na
sua visita é possível subir às torres e ir até ao telhado de onde se tem uma
vista formidável sobre a cidade e os campos. Possui um Museu de Arte Sacra digno
de ser visitado pela sua riqueza. Aqueduto
da Água da Prata - Este aqueduto mantém-se em bom estado de conservação
por alguns quilómetros fora das muralhas. Lá dentro, é muito bonito seguir a
rua do Cano, onde ele passa, e ver as casas que foram construídas entre os vãos
dos pilares de pedra. Uma das mais singulares ruas da cidade. Palácio de D. Manuel e Jardins - É o
que resta do antigo palácio dos reis portugueses. Apresenta uma arquitectura
muito interessante que mistura o Manuelino com elementos mujédares. Nos jardins
em seu redor são frequentes as actividades culturais e está repleto de pavões
que se passeiam livremente.
Praça do Giraldo – É a praça principal da cidade e onde
se concentra toda a agitação. Igreja da Graça – Esta igreja
tem uma fachada renascentista fabulosa. Fica entre a Igreja de S. Francisco e a
praça do Giraldo.
Universidade – Os edifícios da Universidade são muito
bonitos, mas somente são visitáveis durante a semana.
O Largo das Portas de
Moura, representado pela sua fonte renascentista e pelo mirante da casa
Cordovil, do estilo luso-mourisco. Nos arredores a cerca de 13 Km da cidade
situa-se o Cromeleque dos Almendres, o maior conjunto de menires estruturado da
Península Ibérica.
Por todo este conjunto
monumental, o Centro Histórico de Évora foi classificado como Património
Mundial da UNESCO no ano de 1986.
Créditos: w.w.w.dobrarfronteira.com/Centro
Histórico de Évora; w.w.w.igespar. pt/ Património Mundial/Portugal;
Documentação avulsa da INCM; Colecção particular de Luís Tudella.
Publicado no Jornal das Caldas em 14 de Agosto de 2013
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