quinta-feira, 13 de outubro de 2011




Artigo 74
Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
Numária
O Papel-moeda


DEZ MIL ESCUDOS
Egas Moniz






Chapa 1

A primeira nota de dez mil escudos tem como motivo principal na sua frente e do lado esquerdo o número 10000 e o escudo nacional; ao centro a representação do cérebro humano e retrato do Professor Egas Moniz; no lado direito apresenta-nos a marca de água. No verso da nota pode-se observar no lado esquerdo a respectiva marca de água; ao centro a reprodução da medalha relativa ao Prémio Nobel e uma alegoria da vida e da morte. Esta nota foi executada em tons de amarelo - torrado, e de amarelo claro. Tem como marca de água quando vista à transparência pela frente o retrato do Professor Egas Moniz. A maqueta é de autoria de Luís Filipe Abreu e a impressão e estampagem das notas foram efectuadas pela firma canadiana British American Bank Note, Inc. Dimensões da nota 173 x 80 mm. Foram emitidas 53 993 000 de notas. A primeira emissão foi a 15 de Maio de 1989 e a última emissão a 16 de Maio de 1991. Foram retiradas de circulação no ano de 1996.
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz, mais conhecido pelo nome de Egas Moniz, nasceu em Avanca, a 29 de Novembro de 1874, filho de Fernando de Pina Resende de Abreu Freire e de sua mulher Maria do Rosário Oliveira de Almeida Sousa, no seio de uma família aristocrata. Foi médico, neurologista, investigador, professor, político e escritor. Após completar os seus estudos primários, ingressou no Colégio de S. Fiel, onde concluiu o Curso Liceal. Formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, onde iniciou a sua actividade profissional como lente, leccionando as cadeiras de anatomia e fisiologia. No ano de 1911 foi transferido para Universidade de Lisboa, onde foi ocupar a cadeira de neurologista como professor catedrático Foi o fundador do Partido Republicano Centrista, dissidente do Partido Evolucionista. Apoiou o regime de Sidónio Pais durante o qual, exerceu as funções de Embaixador de Portugal em Madrid, no ano de 1917 e Ministro dos Negócios Estrangeiros em 1918. Presidiu à delegação portuguesa à Conferência da Paz em Paris, no mesmo ano. Jubilou-se em Fevereiro do ano de 1944. Egas Moniz contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da medicina ao conseguir pela primeira vez dar visibilidade às artérias do cérebro. A Angiografia Cerebral que descobriu após longas experiências com raio X, tornou possível localizar neoplasias, aneurismas, hemorragias e outras mal formações no cérebro humano, abrindo assim novos caminhos para a cirurgia cerebral. Foi o primeiro português a ser distinguido com o prémio Nobel de Medicina no ano de 1949, partilhando com outro notável investigador Walter Rudolf Hess, fruto deste trabalho. Ao seu trabalho foi dado continuidade, ao ser fundado no ano de 1950 no Hospital Júlio de Matos, o Centro de Estudos de Egas Moniz, onde foi Presidente. No ano de 1957 foi transferido para o serviço de Neurologia do Hospital de Santa Maria. Foi autor de diversas obras: “Vida Sexual”; “A Neurologia na Guerra”, “Alterações Anátomo - Patológicas na Difteria”; “Júlio Dinis e a Sua Obra”. Faleceu na cidade de Lisboa a 13 de Dezembro de 1955.

F I M

Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Lello Universal. Wikipedia.org/António Egas Moniz.
Óbidos – Outubro de 2010Publicado no Jornal das Caldas em 12-10-2011.

Sem comentários: