Numismática
2,5 Euro
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro
87ª. Moeda
Universidade
de Coimbra Alta e Sofia
Características da moeda
Rev.: Esta face da
moeda apresenta a planta do conjunto arquitectónico, tomando a forma de uma
sombra abrangendo a Alta de Coimbra e a Rua da Sofia. Sobre o lado esquerdo e
junto à orla destaca-se o escudo nacional assente na esfera armilar. Na orla
superior o valor facial em duas linhas "2,50 Euro". Abaixo deste,
apresenta-se a legenda "Portugal" e ainda mais abaixo, a era da moeda
"2014".
Anv:
A moeda apresenta uma prespectiva estilizada do Pátio e do Paço das Escolas, as
legendas "Património Mundial da Unesco, "Universidade de Coimbra.
Alta e Sofia". O cenário
paradigmático da Alta de Coimbra encontra-se lacrado com a logomarca da UNESCO
e a
logomarca INCM.
Moedas
correntes com acabamento normal - Cuproníquel
Valor
facial 2,5 Euro; 28 mm de diâmetro; peso 10 g; bordo serrilhado.
Cunhagem
100.000 exemplares.
Moedas
de Prata Proof
Valor
facial 2,50 Euro; Metal; prata 925/1000; 28 mm de diâmetro; peso 12 g; bordo
serrilhado.
Cunhagem
de 2.500 exemplares.
A
«Universidade de Coimbra – Alta e Sofia» está inscrita na lista dos Bens
Património Mundial da UNESCO desde Junho de 2013, após decisão unânime do
Comité do Património Mundial, reunido em Phnom Penh, Camboja. Este bem inclui
31 edifícios de grande relevância, numa área de 81,5 ha. Salientam-se 4
grupos identitários: o grupo dos colégios da Rua da Sofia, o grupo dos colégios
da Alta, o grupo de edifícios resultante da reforma pombalina e, finalmente, o
grupo edificado durante o período do Estado Novo.
Historial
Designa-se por Universidade de Coimbra - Alta e Sofia,
o conjunto histórico-cultural classificado como Património Mundial da UNESCO em 2013. A Universidade de Coimbra é uma das universidades mais antigas ainda em actividade
do mundo e a mais antiga de Portugal e dos países de língua portuguesa.
A sua história
remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi
criada no ano de 1290,
mais especificamente a 1 de Março, quando o Rei D. Dinis assinou em Leiria
o documento Scientiae
thesaurus mirabilis, o qual criou a própria Universidade e pediu
ao Papa
a sua confirmação.
A Alta de
Coimbra era onde vivia a nobreza,
o clero
e mais tarde os estudantes. Hoje é um local privilegiado da cidade, onde se misturam
serviços (banca, seguros, comércio), séculos de história, habitação, cultura,
espaços verdes e lazer.
A Rua da Sofia
(parte integrante da Baixa de Coimbra) é uma famosa e grande rua de Coimbra.
Tem elevada concentração de comércio,
já que toda a rua é ladeada por diversas lojas, muitas delas de grandes marcas
internacionais. Foi construída na primeira metade do século XVI e apresenta
muitas características do tempo do Renascimento.
É uma rua larga e recta. A rua começa na Ladeira de Santa Justa e acaba na
Praça 8 de Maio. Antigamente localizavam-se nesta rua os colégios
universitários.
A destacar neste
conjunto arquitectónico:
- Departamento
de Matemática, Sala 17 de Abril. A inauguração do edifício da secção de
Matemática ocorreu a 17 de Abril de 1969, data que assinala o início da crise
académica de 1969, movimento público de contestação ao regime salazarista.
Decorrendo os discursos da sessão inaugural das novas instalações, Alberto
Martins, o presidente da Associação Académica de Coimbra, foi impedido de se
manifestar publicamente, acção que levaria ao encerramento antecipado da
cerimónia sob uma tremenda ovação de protestos por parte dos estudantes.
-
Departamento de Matemática, Sala do Conselho Científico. Desta sala, destaca-se
a tapeçaria, da autoria de Rogério Ribeiro, executada na Manufactura de
Tapeçarias de Portalegre (1969). O tema é o «Progresso Técnico».
-
Departamento de Matemática, Átrio Principal. O átrio de entrada foi decorado
nas paredes laterais com dois frescos, um dedicado à “Matemática portuguesa ao
serviço da epopeia nacional” e o outro à “Matemática desde os Caldeus e
Egípcios até aos nossos dias”, da autoria de Almada Negreiros, segundo o programa
iconográfico definido por José Bayolo Pacheco de Amorim.
- Praça D.
Dinis. Esta praça é um dos elementos fundamentais da estrutura prevista no
plano para a Cidade Universitária. Aqui se ergueu, outrora, o castelo da
cidade, arrasado durante as obras promovidas pelo Marquês de Pombal, na década
de 70 do século XVIII, para aí se erguer um moderno e ambicioso Observatório
Astronómico. Esta construção iniciou-se mas acabou por ser abandonada e o
Observatório foi erguido no topo sul do Paço das Escolas. Na fachada sul do
seiscentista Colégio de São Jerónimo, é possível ainda observar as marcas de um
arco construído para reforçar a fachada da sua igreja, gravemente afectada pelo
terramoto de 1755, e que ligava ao castelo e, mais tarde, ao Observatório aí
edificado. O arco foi destruído durante as campanhas de construção da Cidade
Universitária.
Faculdade de
Medicina. À imagem dos restantes edifícios erguidos na Cidade Universitária, a
Faculdade de Medicina integra várias manifestações artísticas. Nos dois portais
da fachada principal (sul) do edifício, virada para a Rua Larga, destacam-se os
doze bustos de Euclides Vaz representando algumas das personalidades que mais
contribuíram para o desenvolvimento da Medicina e da assistência médica
portuguesas: D. Mendo Dias, Pedro Hispano, D. Dinis, D. Leonor, Garcia da Orta
e D. João III, no da esquerda, Amado Lusitano, S. João de Deus, o Marquês de
Pombal, José Correia Picanço, António Augusto da Costa Simões e António Sena,
no da direita. Os diversos portões foram igualmente ornamentados com pequenos
bronzes alusivos à história da própria faculdade, executados por Vasco Pereira
da Conceição, segundo o desenho original de Feliciano Augusto da Cunha
Guimarães. No cunhal do lado poente ergue-se o grupo escultórico da autoria de
Leopoldo de Almeida, assente em 1956, com a representação da figura alegórica
da Medicina, ladeada por Hipócrates e Galeno. Já no interior, encontra-se no
átrio poente o baixo-relevo de Vasco Pereira da Conceição alusivo ao tratamento
dos doentes, enquanto no nascente se pode ver o fresco de Portela Júnior
dedicado à história da Medicina, e onde figuram algumas das principais
personalidades de Coimbra.
- Faculdade
de Letras, Sala dos Conselhos. A tapeçaria da Sala do Conselho é da autoria de
Guilherme Camarinha (1955) e foi executada na Manufactura de Tapeçarias de
Portalegre.
- Faculdade
de Letras, Teatro Paulo Quintela. Integrado no edifício da Faculdade de Letras,
o teatro constitui um volume construído que ocupa parcialmente o pátio interior.
Paulo Quintela foi o primeiro director do Teatro dos Estudantes da Universidade
de Coimbra (TEUC), tendo assumido essa função durante 30 anos.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbra_-_Alta_e_Sofiawww.visitcentrodeportugal.com.pt/.../tour-da-universidade-de-coimbra-patrimonio-.
- I.N.C.M.; e colecção
particular do autor.
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I M
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