segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

 
Numismática
2,5 Euro
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro
87ª. Moeda
Universidade de Coimbra Alta e Sofia
Características da moeda
Rev.: Esta face da moeda apresenta a planta do conjunto arquitectónico, tomando a forma de uma sombra abrangendo a Alta de Coimbra e a Rua da Sofia. Sobre o lado esquerdo e junto à orla destaca-se o escudo nacional assente na esfera armilar. Na orla superior o valor facial em duas linhas "2,50 Euro". Abaixo deste, apresenta-se a legenda "Portugal" e ainda mais abaixo, a era da moeda "2014".
Anv: A moeda apresenta uma prespectiva estilizada do Pátio e do Paço das Escolas, as legendas "Património Mundial da Unesco, "Universidade de Coimbra. Alta e Sofia". O cenário paradigmático da Alta de Coimbra encontra-se lacrado com a logomarca da UNESCO e a logomarca INCM.
 Autor: Andreia Pereira.
Moedas correntes com acabamento normal - Cuproníquel
Valor facial 2,5 Euro; 28 mm de diâmetro; peso 10 g; bordo serrilhado.
Cunhagem 100.000 exemplares.
Moedas de Prata Proof
Valor facial 2,50 Euro; Metal; prata 925/1000; 28 mm de diâmetro; peso 12 g; bordo serrilhado.
Cunhagem de 2.500 exemplares. 
 
A «Universidade de Coimbra – Alta e Sofia» está inscrita na lista dos Bens Património Mundial da UNESCO desde Junho de 2013, após decisão unânime do Comité do Património Mundial, reunido em Phnom Penh, Camboja. Este bem inclui 31 edifícios de grande relevância, numa área de 81,5 ha. Salientam-se 4 grupos identitários: o grupo dos colégios da Rua da Sofia, o grupo dos colégios da Alta, o grupo de edifícios resultante da reforma pombalina e, finalmente, o grupo edificado durante o período do Estado Novo.
Historial
Designa-se por Universidade de Coimbra - Alta e Sofia, o conjunto histórico-cultural classificado como Património Mundial da UNESCO em 2013. A Universidade de Coimbra é uma das universidades mais antigas ainda em actividade do mundo e a mais antiga de Portugal e dos países  de língua portuguesa.
A sua história remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada no ano de 1290, mais especificamente a 1 de Março, quando o Rei D. Dinis assinou em Leiria o documento Scientiae thesaurus mirabilis, o qual criou a própria Universidade e pediu ao Papa a sua confirmação.
A Alta de Coimbra era onde vivia a nobreza, o clero e mais tarde os estudantes. Hoje é um local privilegiado da cidade, onde se misturam serviços (banca, seguros, comércio), séculos de história, habitação, cultura, espaços verdes e lazer.
A Rua da Sofia (parte integrante da Baixa de Coimbra) é uma famosa e grande rua de Coimbra. Tem elevada concentração de comércio, já que toda a rua é ladeada por diversas lojas, muitas delas de grandes marcas internacionais. Foi construída na primeira metade do século XVI e apresenta muitas características do tempo do Renascimento. É uma rua larga e recta. A rua começa na Ladeira de Santa Justa e acaba na Praça 8 de Maio. Antigamente localizavam-se nesta rua os colégios universitários.
A destacar neste conjunto arquitectónico:
- Departamento de Matemática, Sala 17 de Abril. A inauguração do edifício da secção de Matemática ocorreu a 17 de Abril de 1969, data que assinala o início da crise académica de 1969, movimento público de contestação ao regime salazarista. Decorrendo os discursos da sessão inaugural das novas instalações, Alberto Martins, o presidente da Associação Académica de Coimbra, foi impedido de se manifestar publicamente, acção que levaria ao encerramento antecipado da cerimónia sob uma tremenda ovação de protestos por parte dos estudantes.
- Departamento de Matemática, Sala do Conselho Científico. Desta sala, destaca-se a tapeçaria, da autoria de Rogério Ribeiro, executada na Manufactura de Tapeçarias de Portalegre (1969). O tema é o «Progresso Técnico».
- Departamento de Matemática, Átrio Principal. O átrio de entrada foi decorado nas paredes laterais com dois frescos, um dedicado à “Matemática portuguesa ao serviço da epopeia nacional” e o outro à “Matemática desde os Caldeus e Egípcios até aos nossos dias”, da autoria de Almada Negreiros, segundo o programa iconográfico definido por José Bayolo Pacheco de Amorim.
- Praça D. Dinis. Esta praça é um dos elementos fundamentais da estrutura prevista no plano para a Cidade Universitária. Aqui se ergueu, outrora, o castelo da cidade, arrasado durante as obras promovidas pelo Marquês de Pombal, na década de 70 do século XVIII, para aí se erguer um moderno e ambicioso Observatório Astronómico. Esta construção iniciou-se mas acabou por ser abandonada e o Observatório foi erguido no topo sul do Paço das Escolas. Na fachada sul do seiscentista Colégio de São Jerónimo, é possível ainda observar as marcas de um arco construído para reforçar a fachada da sua igreja, gravemente afectada pelo terramoto de 1755, e que ligava ao castelo e, mais tarde, ao Observatório aí edificado. O arco foi destruído durante as campanhas de construção da Cidade Universitária.
Faculdade de Medicina. À imagem dos restantes edifícios erguidos na Cidade Universitária, a Faculdade de Medicina integra várias manifestações artísticas. Nos dois portais da fachada principal (sul) do edifício, virada para a Rua Larga, destacam-se os doze bustos de Euclides Vaz representando algumas das personalidades que mais contribuíram para o desenvolvimento da Medicina e da assistência médica portuguesas: D. Mendo Dias, Pedro Hispano, D. Dinis, D. Leonor, Garcia da Orta e D. João III, no da esquerda, Amado Lusitano, S. João de Deus, o Marquês de Pombal, José Correia Picanço, António Augusto da Costa Simões e António Sena, no da direita. Os diversos portões foram igualmente ornamentados com pequenos bronzes alusivos à história da própria faculdade, executados por Vasco Pereira da Conceição, segundo o desenho original de Feliciano Augusto da Cunha Guimarães. No cunhal do lado poente ergue-se o grupo escultórico da autoria de Leopoldo de Almeida, assente em 1956, com a representação da figura alegórica da Medicina, ladeada por Hipócrates e Galeno. Já no interior, encontra-se no átrio poente o baixo-relevo de Vasco Pereira da Conceição alusivo ao tratamento dos doentes, enquanto no nascente se pode ver o fresco de Portela Júnior dedicado à história da Medicina, e onde figuram algumas das principais personalidades de Coimbra.
- Faculdade de Letras, Sala dos Conselhos. A tapeçaria da Sala do Conselho é da autoria de Guilherme Camarinha (1955) e foi executada na Manufactura de Tapeçarias de Portalegre.
- Faculdade de Letras, Teatro Paulo Quintela. Integrado no edifício da Faculdade de Letras, o teatro constitui um volume construído que ocupa parcialmente o pátio interior. Paulo Quintela foi o primeiro director do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC), tendo assumido essa função durante 30 anos.
 
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Coimbra_-_Alta_e_Sofiawww.visitcentrodeportugal.com.pt/.../tour-da-universidade-de-coimbra-patrimonio-.
- I.N.C.M.; e colecção particular do autor.
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