sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Numismática

MOEDAS COMEMORATIVAS DO EURO 

47ª. Moeda

Património da Humanidade
Torre de Belém
2,50 Euro
Características da moeda
Anv: Apresenta junto ao bordo da moeda a legenda "República Portuguesa 2009", No campo central, o escudo nacional, assente sobre a esfera armilar, ao centro e atravessando na horizontal ao longo da moeda, um nó de corda. Por baixo deste, o valor facial da moeda em duas linhas 2,50 Euro.


 Rev: Apresenta junto ao bordo da moeda, a legenda "Torre de Belém"; no campo central é apresentado um relevo alusivo à Torre de Belém e evidenciando as respectivas guaritas, a designação e o símbolo da UNESCO.
Autor: José João de Brito.
Moedas de cuproníquel com acabamento normal:
Valor facial 2,5 Euro; CN; Dia. 28 mm; Peso 10 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 150.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia. 28 mm; Peso 12 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 5.000 exemplares.
História
A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos e bonitos da cidade de Lisboa. Fica localizada na margem direita do rio Tejo, e inicialmente era cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje a terra firme. O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitectura típica de uma época em que o país era uma das principais potências europeias (início da Idade Moderna).
Classificada como Património Mundial pela UNESCO desde 1983, foi eleita como uma das Sete maravilhas de Portugal em 7 de Julho de 2007.
Originalmente sob a invocação de São Vicente de Saragoça, padroeiro da cidade de Lisboa, designada no século XVI pelo nome de Baluarte de São Vicente a par de Belém e por Baluarte do Restelo, esta fortificação integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projectada à época de D. João II de Portugal (1481-95), integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica.
A construção só viria a ser iniciada em 1514, sob o reinado de  D. Manuel I de Portugal (1495-1521), tendo como arquitecto Francisco de Arruda. Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, fronteiro à antiga praia de Belém, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias. As suas obras ficaram a cargo de Diogo Boitaca, que, à época, também dirigia as já adiantadas obras do vizinho Mosteiro dos Jerónimos.
Concluída em 1520, foi seu primeiro alcaide Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi, gradualmente, perdendo a sua função defensiva original. Ao longo dos séculos foi utilizada como registo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico e farol. Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de D. Filipe II de Espanha (1580-1598), e, mais tarde, por D. João IV de Portugal (1640-1656). O Arcebispo de Braga e Primaz de Espanha, D. Sebastião de Matos de Noronha (1586-1641), por coligação à Espanha e fazendo frente a D. João IV, foi preso e mandado recluso para a Torre de Belém.
Sofreu várias remodelações ao longo dos séculos, principalmente a do século XVIII que privilegiou as ameias, o varandim do baluarte, o nicho da Virgem, voltado para o rio, e o claustro.
O monumento reflecte influências islâmicas e orientais, que caracterizam o estilo manuelino e marca o fim da tradição medieval das torres de menagem, ensaiando um dos primeiros baluartes para artilharia no país.
Parte da sua beleza reside na decoração exterior, adornada com cordas e nós esculpidos em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivos às navegações. O interior gótico, por baixo do terraço, serviu como armaria e prisão.
A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais: a torre e o baluarte. Nos ângulos do terraço da torre e do baluarte, sobressaem guaritas cilíndricas coroadas por cúpulas de gomos, ricamente decorada em cantaria de pedra.
A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte, a saber: 1º. andar - Sala do Governador. 2º. andar - Sala dos Reis, com teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas. 3º. andar - Sala de Audiências. 4º. andar - Capela e 5º. andar - Terraço da torre
A nave do baluarte poligonal, ventilada por um claustro, abre 16 canhoneiras para tiro rasante de artilharia. O terrapleno, guarnecido por ameias, constitui uma segunda linha de fogo, nele se localizando o santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso com o Menino, também conhecida como a Virgem do Restelo por "Virgem das Uvas".
 
Fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Belém, INCM, colecção particular do autor.

Publicado no Jornal das Caldas em 28 de Janeiro de 2015 

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

 
Numismática
 

MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO

46ª. Moeda
Património da Humanidade
Mosteiro dos Jerónimos
2 1/2 Euro
           
Características da moeda

Anv: Apresenta na orla inferior a legenda "PORTUGAL", no campo superior a era "2009" e por cima o valor facial da moeda em duas linhas "2 1/2 Euro", ao lado o escudo nacional assente na esfera armilar, surgindo como elemento de fundo um campo onde se representam as nervuras ogivais da abóbada do Mosteiro.
 Rev: Apresenta no campo central uma figura alongada composta pela sequência das arcadas e fachada do edifício do Mosteiro dos Jerónimos, culminando com a representação da porta sul da igreja e respectivo trabalho de gravura; na orla esquerda da moeda, encontra-se a legenda "Mosteiro dos Jerónimos" e no campo inferior o símbolo da UNESCO e o logótipo do Património Mundial. 
Autor: Isabel Carriço/Fernando Branco.
Moedas de Prata com acabamento normal;
Valor facial 2,50 Euro; CN; Dia. 28 mm; Peso 10 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 150.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 5.000 exemplares.
Mosteiro dos Jerónimos ou Mosteiro de Santa Maria de Belém é um mosteiro manuelino, testemunho monumental da riqueza dos Descobrimentos portugueses. Situa-se em Belém, Lisboa, à entrada do Rio Tejo. Constitui o ponto mais alto da arquitectura manuelina e o mais notável conjunto monástico do século XVI em Portugal e uma das principais igrejas da Europa.
Destacam-se o seu claustro, completo em 1544, e a porta sul, de complexo desenho geométrico, virada para o rio Tejo. Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos. O monumento é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
Em 2010 foi visitado por 644 729 visitantes, 92,2% estrangeiros, e no ano de 2013 foi visitado por 722 mil visitantes.
Encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama ter regressado da sua viagem à Índia, foi financiado em grande parte pelos lucros do comércio de especiarias. Escolhido o local, junto ao rio em Santa Maria de Belém, em 1502 foi iniciada a obra com vários arquitectos e construtores, entre eles Diogo Boitaca (plano inicial e parte da execução) e João de Castilho (novo plano, abóbadas das naves e do transepto – com uma rede de nervuras em forma de estrela –, pilares, porta sul, claustro, sacristia e fachada) que substituiu o primeiro em 1516/1517. No reinado de D. João III, foi acrescentado o coro alto.
Deriva o nome de ter sido entregue à Ordem de São Jerónimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755 mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
O Mosteiro é uma referencia cultural que não escapou nem aos artistas, cronistas ou viajantes durante os seus cinco séculos de existência. Foi acolhimento e sepultura de reis, e, mais tarde, de poetas.
Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique e ainda os de Vasco da Gama, de Luís Vaz de Camões, de Alexandre Herculano e de Fernando Pessoa. O corpo de Almeida Garrett encontrou-se aqui sepultado entre 08-03-1926 e 01-12-1966, altura em que foi solenemente trasladado para o Panteão Nacional da Igreja de Santa Engrácia.
Após 1834, com a expulsão das Ordens Religiosas, o templo dos Jerónimos foi destinado à Igreja Paroquial da Freguesia de Santa Maria de Belém.
Hoje é admirado por cada um de nós, não apenas como uma notável peça de arquitectura mas como parte integrante da nossa cultura e identidade.
Numa extensão construída em 1850, está localizado o Museu Nacional de Arqueologia. O Museu da Marinha situa-se na ala oeste. Integrou, em 1983, a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura.
O Mosteiro dos Jerónimos foi declarado Monumento Nacional em 1907 e, em 1983, a UNESCO classificou-o como "Património Cultural de toda a Humanidade".
Fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Mosteiro_dos_Jerónimos; Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre; INCM; colecção particular do autor.

 Publicado no Jornal das Caldas em 14-01-2015

 

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro
45ª. Moeda
Património Cultural
A Língua Portuguesa
2,50 Euro
 
    
 
Anv: Apresenta no centro do campo a figura do poeta Fernando Pessoa, sob um fundo constituído por um padrão em que se repete a frase "A minha Pátria é a minha Língua". No campo inferior, representa-se o mar e, por cima deste, o escudo nacional assente na esfera armilar; junto ao bordo inferior da moeda, encontra-se a legenda "República Portuguesa - 2009".

Rev: Apresenta no campo central a imagem estilizada de Camões e o valor facial em duas linhas "2,50 Euro"; como elementos de fundo, surgem linhas que se cruzam com mapas antigos, no campo inferior é representado o mar e na orla da moeda inscreve-se a legenda "Língua Portuguesa e Património Cultural".
Autor: José Simão.
Moeda corrente:
Valor facial 2,50 Euro; CN; Dia. 28 mm; Peso 10 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 150.000 exemplares.
Moedas de Prata proof; Valor facial 2,50 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 15.000 exemplares.
 
A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva tendo a sua origem no galaico-português falado no Província da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul como parte da Reconquista deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. O português foi utilizado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contactos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.
É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5ª língua mais falada no mundo, a 3ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra.
Durante a Era dos Descobrimentos, os marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. Entretanto, o idioma é também largamente utilizado como língua franca nas antigas colónias portuguesas de Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, todas situadas no continente africano. Além disso, por razões históricas, falantes do português são encontrados também em Macau, Timor-Leste e em Goa, mas em escala ínfima. O português é conhecido como "a Língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de "Os Lusíadas". Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável”.
Fernando Pessoa disse: «A minha pátria é a língua portuguesa». O seu génio expressou-se também, inúmeras vezes, em língua inglesa – mas aquele que viria a tornar-se o mais internacional dos escritores portugueses sabia que cada língua tem a sua cor, a sua luz e a sua música própria.
Fontes:pt.wikipedia.org/wiki/Língua portuguesa; História da língua portuguesa e galaico-portuguesa; INCM; colecção particular do autor. 

Publicado no Jornal das Caldas em 07 - 01- 2015

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