quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

26ª. Moeda
50º. Aniversário do Tratado de Roma
2 Euro          
Características da moeda
 
F.C.: Apresenta no centro do campo e no círculo interior o mapa da Europa, salientando-se os países aderentes à União Europeia, e o círculo exterior apresenta-se vazio.
F.N.: Apresenta no centro do campo e no círculo interior por cima a legenda “Tratado de Roma – 50 anos” em duas linhas, mais abaixo a legenda “Europa”, acompanhando a representação do Tratado assinado pelos seis países fundadores, sobre um fundo que representa o pavimento da Piazza del Campidoglio em Roma, desenhado por Miguel Ângelo, e no campo inferior as legendas “2007” e “Portugal”, em duas linhas. O círculo exterior é completado pelas doze estrelas que representam os países criadores da moeda.
Autor: Luc Luycx e Michelangelo.
Moeda em Cuproníquel e níquel (bimetálica) com acabamento normal:
Valor facial 2 Euro; Ni; Dia 25,75 mm; Peso 8,50 g.; Bordo circular, bicolor, serrilhado com inscrição. Cunhagem 1.000.000 exemplares.
Moedas em Cuproníquel e níquel (bimetálica) com acabamento BNC. Cunhagem de 15.000 exemplares. Moedas em Cuproníquel e níquel (bimetálica) com acabamento Proof. Cunhagem de 5.000 exemplares.
O Tratado de Roma e seu desenvolvimento

 O Tratado de Roma foi o nome dado a dois Tratados: 1º)- Tratado da Comunidade Económica Europeia (CEE) e 2º)- pelo Tratado da Comunidade Europeia da Energia Atómica, em Março de 1957, sendo os seus protagonistas e fundadores (Alemanha Federal, Itália, Bélgica, França, Países Baixos e Luxemburgo), entrando em vigor no primeiro dia do ano de 1958. A assinatura deste tratado é o culminar de um processo que surge após o fim da 2ª. Guerra Mundial que deixou a Europa totalmente destruída economicamente e politicamente em relação às 2 grandes potência de então, Estados Unidos e União Soviética. Era necessário e urgente proceder de imediato à reconstrução da velha Europa e, ao mesmo tempo, muni-la de instrumentos que não viessem a permitir a repetição de uma outra guerra mundial que tivesse como palco a mesma Europa.


A C.E.E. foi uma organização internacional criada pelos países acima referenciados que tinham como finalidade estabelecer um mercado e impostos alfandegários externos comuns, uma política conjunta para a agricultura, políticas para o movimentação da mão de obra e transporte de pessoas e bens. Estas instituições fundiram-se no ano de 1965 com as da (CECA) e as da (EURATOM), devido ao tratado de Bruxelas. No ano de 1973, aderiram à C.E.E. o Reino Unido, Irlanda e Dinamarca; a Grécia no ano de 1981 e Portugal e Espanha no ano de 1986. Após a assinatura do Tratado de Maastrich no ano de 1992, a C.E.E. mudou de nome para Comunidade Europeia (C.E.), absorvendo as Comunidades, mas a (CEEA) não se fundiu com a União, mantendo a sua personalidade jurídica distinta, embora partilhe as mesmas instituições. A  Constituição Europeia de 2004 tinha como objectivo consolidar todos os tratados anteriores mas, provavelmente devido ao forte sentimento antinuclear do eleitorado europeu, o Tratado Euratom não foi ratificado de forma igual aos anteriores, permanecendo separado do texto da Constituição. O Tratado de Lisboa, assinado a 13 de Dezembro de 2007, modifica certas disposições do Tratado Euratom através do seu "Protocolo nº 2, que altera o Tratado que institui a União Europeia da Energia Atómica. Outros países se juntaram à União Europeia; assim no ano de 1995, juntaram-se a Áustria, Finlândia e Suécia; no ano de 2004, juntaram-se Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia e República Checa; no ano de 2007, juntaram-se a Bulgária e a Roménia; no ano de 2013 juntou-se a Croácia.
O Tratado de Maastrich teve por principal objectivo a criação de uma nova moeda para os países da União Europeia, denominada “Euro” e que foi introduzida no primeiro dia do ano de 2002 nos seguintes países: Alemanha Federal, Itália, Bélgica, França, Países Baixos, Luxemburgo, Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Finlândia e Áustria, sendo estes considerados os países fundadores do Euro. Outros países aderiram posteriormente a este sistema monetário como: Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Letónia e Malta.
Naturalmente, e após ultrapassar a crise que se vive de momento na União Europeia, novos países irão integrar o grupo dos que aderiram à moeda única e outros mais solicitarão a sua integração de pleno direito na União Europeia.

Fontes: “Wikipedia; trechos avulsos da I.N.C.M. e colecção particular do autor.

F I M

Publicado no Jornal das Caldas em 19-02-2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

25ª. Moeda
Série Portugal Universal
Santo António
¼ de Euro

 

Anv: Apresenta no centro do campo o escudo das armas nacionais assente sobre a esfera armilar, na orla superior a legenda “República Portuguesa”, por baixo da esfera armilar o valor facial da moeda ¼ de Euro em duas linhas.

Rev: Apresenta no campo central a figura a corpo inteiro da imagem do Santo, ladeado pelas legendas “Santo António” e as eras “1195 – 1237” e “2007”.
Autor: Helder Batista.
Moeda de Ouro com acabamento à flor do cunho
Valor facial ¼ de Euro; Au: 999,9%o de toque; Dia 14 mm; Peso 1,56 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 30.000 exemplares.

 Santo António de Lisboa ou Santo António de Pádua nasceu na cidade de Lisboa, pensa-se que no ano de 1195 e faleceu na cidade de Pádua (Itália) em Junho de 1231; o seu nome de baptismo era Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo, filho de Martim de Bulhões e de Maria Teresa Taveira Azevedo; era também conhecido por Santo António de Pádua porque aí viveu e aí faleceu, sendo que na religião católica os Santos eram conhecidos pelo nome da cidade onde faleceram.
Santo António fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa) ingressando na Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, no Mosteiro de São Vicente de Fora, como noviço no ano de 1211. Por este convento permaneceu cerca de três anos, tendo ingressado com a idade de 18 ou 19 anos no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde estudou Direito Canónico, Filosofia e Teologia. No ano de 1220, trocou a Regra de Santo Agostinho pela Ordem de São Francisco, recolhendo-se nos Olivais em Coimbra e mudando também o nome para António. No ano de 1221, embarcou para Marrocos em acção de evangelização, mas foi acometido de grave doença, sendo repatriado para Portugal. No regresso uma tempestade assolou a embarcação e esta arrastou o barco para as costas da Sicília. Aqui, em Itália, os seus discursos notabilizaram-no como um exímio teólogo e belíssimo pregador. No ano de 1222, dissertando para religiosos Franciscanos e Dominicanos de forma admirável, o Provincial da Ordem de imediato o destinou à evangelização. Neste mesmo ano, conheceu Francisco de Assis, sendo nomeado pregador da Ordem. Em 1225, seguiu para França, instalando-se em Toulouse como pregador, desenvolvendo as suas aptidões de orador a tal ponto que lhe foi confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e a guarda da província de Limoges. Pouco depois, instalou-se em Marselha mas por pouco tempo, pois foi escolhido para Provincial da Romanha. No ano de 1226, morreu Francisco de Assis e Santo António voltou a Itália. No ano de 1228, assistiu à canonização de São Francisco. Na Basílica de São João de Latrão, em Roma, pregou diante do Papa Gregório IX. Neste mesmo ano, deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença, continuando com as suas pregações. No ano de 1229, dividiu-se entre Varese, Bréscia, Milão, Verona e Mântua pregando com muita intensidade, cativando cada vez mais crentes. No ano de 1231, concluiu a redacção dos “Sermões Festivos”. Neste mesmo ano, após ter encetado contactos com o papa Gregório IX, regressou a Pádua, bastante doente, vindo a falecer a 13 de Junho de 1231 no Oratório de Arcela, tendo entre 36 a 40 anos de idade. Os seus restos mortais repousam na Basílica de Pádua, construída em sua memória. O papa Gregório IX, canonizou-o na catedral de Espoleto no ano de 1232. Foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, no ano de 1946. São suas atribuições – o livro, o pão, o Menino Jesus e lírio. É o padroeiro da cidade de Lisboa e da cidade de Pádua, dos pobres, das mulheres grávidas, dos casais, das pessoas que desejam encontrar objectos perdidos, dos oprimidos, etc… O dito popular, quando se faz um pedido ao Santo, assenta na seguinte frase: “Valha-me Santo António”. Foram erigidas Igrejas com o seu nome em Pádua, Roma e Lisboa. O dia 13 de Junho, data do seu falecimento, é a data da festa litúrgica e da cidade de Lisboa.

Aquando do 7º. Centenário do seu Nascimento, foram emitidos selos de diversos valores, os quais abaixo se reproduzem pelo seu significado, simplicidade e beleza.
 Aquando das Comemorações do 8º. Centenário do Nascimento do Santo, a I.N.C.M. cunhou uma moeda em prata no valor de 500$00 para celebrar a efeméride.






Bibliografia: “Wikipedia, trechos avulsos da I.N.C.M. e colecção particular do autor.

F I M
Publicado no Jornal das Caldas em  05-02-2014