sexta-feira, 20 de junho de 2014

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

33º. Moeda
Campeonato do Mundo de Vela Olímpica
10 Euro
   
Características da moeda


Anv: Apresenta junto à orla inferior sobre o lado esquerdo a legenda “República Portuguesa”, observando-se um mastro invertido com as respectivas velas; no campo central o escudo nacional assente na esfera armilar e por baixo deste, o valor facial da moeda “10 Euro”.

Rev: Apresenta junto à orla direita a legenda “Campeonato do Mundo de Vela Olímpica”, a estilização de um barco à vela, tendo a favor o vento e as ondas do mar. No campo do fundo destaca-se uma esfera simbolizando o mundo, na qual estão colocados o logotipo do evento e a inscrição “Cascais 2007”.
Autor: João Duarte.
Moedas de Prata com acabamento normal:
Valor facial 10 Euro; Ag: 500/100 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 70.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 10 Euro; Ag: 925/100 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 7.500 exemplares.

História da vela
Como desporto, a vela surgiu na Holanda no período do século XVIII. Carlos II, então na época rei da Inglaterra, encontrava-se exilado naquela região e teve a oportunidade de aprender tudo sobre como velejar. Foi então que em 1610, quando retornou à Inglaterra, ganhou um iate da Companhia das Índias, cujo nome era Mary, que acabou modelo de embarcação para os construtores britânicos. Em 1661 foi realizada a primeira regata naquele país, no Rio Tamisa, cujo percurso foi entre Greenwich e Gravesend. A disputa foi entre o Rei Carlos II e o seu irmão, o Duque de York. O vencedor da prova foi Carlos II. Em 1661 foi realizada a primeira regata naquele país, no Rio Tamisa, cujo percurso foi entre Greenwich e Gravesend. A disputa foi entre o Rei Carlos II e o seu irmão, o Duque de York. O vencedor da prova foi Carlos II. Em 1720 foi fundado na Irlanda o primeiro clube exclusivo de vela, o qual é considerado o mais antigo do mundo, o Royal Cork Yacht Club. Em 1749, o clube participou de numa competição chamada Taça de Prata, oferecida pelo príncipe Jorge, posteriormente Rei Jorge III, que tinha como percurso Greenwich e Norte. Em 1775 foi criado em Inglaterra o primeiro clube de regatas a vela, o Cumberland Fleet ou Cumberland Sailling. Em 1820, o clube mudou o nome para Royal Yacht Club. A Vela, de acordo com o livro “Tubino do desporto”, expandiu-se pelo mundo no ano de 1844, na cidade de Nova Iorque (EUA), quando foi criado o New York Yacht Club, clube que foi determinante para o desenvolvimento da vela no país. Em 1845 o clube realizou a primeira regata americana com a participação de nove embarcações à vela. Em 1851 foi realizada a primeira regata internacional, batizada Copa de 100 Guinéus. A competição aconteceu após o Royal Thames Yacht Club, da Inglaterra, propor um desafio ao New York Yacht Club, dos Estados Unidos. O percurso aconteceu em torno da ilha Wight, cuja distância era aproximadamente de 100 Km. Mesmo favoritos, os britânicos foram surpreendidos e a embarcação América, dos Estados Unidos, comandada por John Cox Stevens foram os vencedores, a competição ficou conhecida como America’s Cup, considerada a mais antiga do mundo e disputada até hoje. Como desporto olímpico, a vela estreou-se em 1900, nos Jogos Olímpicos de Paris, em França, sendo disputada em Meulan. Porém, foi apenas nas edições de 1920, na Bélgica e em 1936, na Alemanha que a programação da vela começou a ser aperfeiçoada. As regatas foram muito disputadas com larga superioridade de escandinavos, ingleses e norte-americanos. Devido a Segunda Guerra Mundial, com início no ano de 1940, e o fim no ano de 1945, os Jogos Olímpicos foram suspensos e retornaram somente no ano 1948, nas Olimpíadas de Londres, em Inglaterra. A participação feminina na vela teve início em 1908 com as inglesas Clytie Rivett-Carnac e Dorothy Wright.


O Laser foi desenvolvido nos anos setenta pelos canadianos Bruce Kirby e Ian Bruce por ser uma embarcação fácil de transportar e fácil de pilotar por uma única pessoa. O protótipo original chamava-se Weekender. Mais tarde foi reabatizado como Laser e fez a sua primeira aparição oficial na mostra de barcos de Nova Iorque em 1971. O primeiro campeonato do mundo da classe realizou-se em 1974 nas Bermudas.
O Laser tornou-se classe olímpica nos Jogos de 1996 em Atlanta. O primeiro campeão olímpico foi o brasileiro Robert Scheidt. Nas primeiras três edições olímpicas. o Laser era uma classe aberta à participação masculina e feminina.

Portugal ganhou 4 medalhas olímpicas na modalidade de Vela (2 medalhas de prata, correspondendo à obtenção do 2º.lugar e 2 medalhas de bronze, correspondendo à obtenção do 3º. lugar). Foram os seguintes protagonistas:
1)- Duarte Manuel de Almeida Bello, no ano de 1948, em vela Swallow, obteve a medalha de prata;
2)- Joaquim Mascarenhas de Fiúza e Francisco de Andrade, no ano de 1952, em vela Star, obtiveram a medalha de bronze;
3)- Mário Gentil e José Gentil, no ano de 1960, em vela Star, obtiveram a medalha de bronze; e
4)- Victor Rocha e Nuno Barreto, no ano de 1966, em vela tipo 470, obtiveram a medalha de bronze.
Portugal sendo um país de marinheiros e tendo uma larga experiência na arte de marear, entendeu realizar no ano de 2007 os Campeonatos do Mundo de Vela Olímpica, cuja sede se situou na vila de Cascais.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Laser_(vela): ttp://www.travinha.com.br/esportes-aquaticos/9174-vela/3551-a-historia-da-vela-olimpica: Documentação avulsa da INCM; Colecção particular do autor.

                                                            F I M
Publicado no Jornal das Caldas em 18-06-2014


domingo, 15 de junho de 2014

Numismática
Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

32º. Moeda
VII Série
Países Ibero-Americanos nos Jogos Olímpicos
Maratona
10 Euro
 
Anv: Apresenta no centro do campo a composição de figuras representativas de dois atletas em pleno esforço de corrida seguido por um soldado com a sua farda, portando na mão esquerda o escudo e na mão direita uma lança. Por baixo o valor facial da moeda “10 Euro Maratona” em três linhas; completa a composição da moeda circundando toda a orla a legenda “Países Ibério - Americanos nos jogos Olímpicos – Maratona”.
Rev: Apresenta no campo central e no círculo interior o escudo das armas nacionais sobreposto à esfera armilar, circundado pela legenda “República Portuguesa e pela era da moeda “2007”. No círculo exterior a heráldica dos países ibéricos e ibero-americanos, aderentes a este evento, Portugal, Espanha, Argentina, Equador, Guatemala, México, Nicarágua Paraguai e Perú.
Autor: José Cândido.
Moedas de Prata com acabamento normal:
Valor facial 10 Euro; Ag: 500/100 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 70.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 10 Euro; Ag: 925/100 de toque; Dia 40 mm; Peso 27 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 17.500 exemplares.

Maratona é o nome de uma corrida realizada na distância oficial de 42,195 km, normalmente em ruas e estradas. Esta modalidade desportiva teve a sua origem na homenagem a uma antiga lenda grega do soldado ateniense Feidípedes, um mensageiro do exército de Atenas, que teria corrido cerca de 40 km entre o campo de batalha de Maratona até Atenas para avisar os cidadãos da cidade da vitória dos exércitos atenienses contra os persas e morrido de exaustão após cumprir a missão. É uma das mais longas, desgastantes e difíceis provas de atletismo que ininterruptamente se tem realizado desde a primeira edição dos Jogos Olímpicos em Atenas no ano de 1896. A distância actual da maratona de 42,195 Km., percorrida pela primeira vez na edição dos Jogos Olímpicos de Londres no ano de 1908, só se tornou oficial no ano de 1921. Esta modalidade ao longo dos anos tem vindo a aumentar o seu prestígio, o qual hoje se traduz numa das corridas mais populares e participativas em todo o mundo, ao ponto de presentemente se realizarem cerca de 500 maratonas, as quais englobam milhares de participantes. De uma maneira geral os Jogos Olímpicos que são disputados de 4 em 4 anos, são iniciados com a maratona feminina e terminados com a maratona masculina.

A maratona lendária

Reza a lenda que, no ano de 490 a.C., quando os soldados atenienses partiram para a planície de Marathónas para combater os persas na Primeira Guerra Púnica, [] suas mulheres ficaram ansiosas pelo resultado porque os inimigos haviam jurado que, depois da batalha, marchariam sobre Atenas, que violariam suas mulheres e sacrificariam seus filhos. Ao saberem dessa ameaça, os gregos deram ordem às suas mulheres para, se não recebessem a notícia da sua vitória em 24 horas, matar seus filhos e, em seguida, suicidarem-se. Os gregos ganharam a batalha, mas a luta levou mais tempo do que o esperado, de modo que temeram que elas executassem o plano. Para evitar isso, o general grego Milcíades ordenou ao seu melhor corredor, o soldado e atleta Feidípedes, que corresse até Atenas, situada a cerca de 40 km dali, para levar a notícia. Feidípedes correu essa distância tão rapidamente quanto pode e, ao chegar, conseguiu dizer apenas "vencemos", e caiu morto pelo esforço despendido. Seja como for, cerca de 2400 anos mais tarde, em 1896, quando da criação dos primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, Feidípides foi homenageado com a criação dessa prova, cuja distância foi estipulada em cerca de 40 km, a distância aproximada de Maratona a Atenas, mas que desde 1921 tornou-se oficialmente de 42,195 km, depois de ser disputada nesta distância em Londres 1908. A grande maioria dos atletas que participam de uma maratona não a corre para vencer. O mais importante para os corredores amadores é correr contra si mesmo, conseguindo tempos mais rápidos e uma melhor colocação no seu grupo de idade ou de sexo. Muitos têm como meta apenas conseguir completá-la. Estratégias para a prova incluem correr a distância toda em ritmos diferentes ou andar e correr alternadamente por todo o percurso. Em 2005, o tempo médio de uma maratona nos Estados Unidos era de 4:32:08 para os homens e 5:06:08 para as mulheres. Claire Lomas completou a Maratona de Londres depois de dezassete dias de prova.

Recordes e melhores marcas
Os recordes mundiais para a maratona não eram oficialmente reconhecidos pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF) até 1 de janeiro de 2004. Anteriormente, eles eram oficialmente designados como "melhor marca mundial". Para as marcas serem reconhecidas, o percurso onde são conquistadas devem atender às exigências da Federação. Normalmente, esses percursos são planos e de ida-e-volta. Os tempos mais rápidos acontecem em provas ao nível do mar, sem grandes oscilações do terreno, com temperaturas baixas e a ajuda de “lebres", corredores contratados para dar um ritmo forte à prova até determinada distância previamente estipulada, levando os principais competidores a marcas intermediárias rápidas, e depois abandonarem a corrida.[ O percurso tem a distância de 42,195 km medidos com o aparelho de calibragem da quilometragem usado em bicicletas, conhecido como Jonas Counter. A recordista do mundo é a britânica Paula Radcliffe, e o recorde masculino está no poder do queniano Wilson Kipsang, com o tempo de 2:03:23, obtido na maratona de Berlim no ano de 2013.
Portugal tem no seu palmarés dois atletas que venceram a maratona dos Jogos Olímpicos. 1º. Carlos Alberto de Sousa Lopes (Vildemoinhos, 18 de Fevereiro de 1947) foi um atleta e campeão olímpico, um dos melhores da sua geração sendo uma referência mundial do atletismo de longa distância. Ganhou a maratona nos Jogos Olímpicos de Montreal, no ano de 1976.


 2º. Rosa Maria Correia dos Santos Mota (Porto, 29 de Junho de 1958) foi uma atleta campeã olímpica e mundial da maratona. Ganhou a maratona nos Jogos Olímpicos de Seul, no ano de 1988.


Fontes: Documentação avulsa da INCM; Colecção particular do autor. Wikipédia – Maratona.


F I M

Editado no Jornal das Caldas em 11-06-2014