Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
O Papel-moeda
O Papel-moeda
VINTE ESCUDOS
Chapa 8
Garcia de Orta eminente médico e naturalista português do século XVI, foi a personagem escolhida para figurar nesta chapa.
Os gravadores e estampadores ingleses Thomas De La Rue & Cº. Ltd., procederam ao fabrico das chapas e às referidas estampagens, cabendo ao arquitecto português João de Sousa Araújo a feitura das maquetas. A parte da frente da nota tem uma estampagem calcográfica a cores com base no verde, a efígie de Garcia de Orta, escudo nacional e os dísticos em letras estribadas. O fundo, em “offset”, apresenta uma composição de plantas entrelaçadas alusivas aos estudos de Garcia de Orta. O verso tem a estampagem calcográfica, a verde, de uma gravura que representa o mercado de Goa no século XVI, com várias figuras vestindo a indumentária da época, ornatos de guilhoché. O fundo em tudo é idêntico à parte da frente da nota, apresentando uma composição de plantas entrelaçadas. O papel foi fabricado pelos papeleiros ingleses Portals Limited, Overton, Basingstoke, Hampshire, apresentando em marca de água a cabeça de Garcia de Orta. O filete de segurança, incorporado no papel, é formado por um traço descontínuo. Dimensões da nota 135 x 66 mm. Foram emitidas 45 547 000 notas, com a data de 27 de Julho de 1971. A primeira emissão é datada de 27 de Julho de 1971 e a última de 20 de Dezembro de 1978.
Biografia:
Os gravadores e estampadores ingleses Thomas De La Rue & Cº. Ltd., procederam ao fabrico das chapas e às referidas estampagens, cabendo ao arquitecto português João de Sousa Araújo a feitura das maquetas. A parte da frente da nota tem uma estampagem calcográfica a cores com base no verde, a efígie de Garcia de Orta, escudo nacional e os dísticos em letras estribadas. O fundo, em “offset”, apresenta uma composição de plantas entrelaçadas alusivas aos estudos de Garcia de Orta. O verso tem a estampagem calcográfica, a verde, de uma gravura que representa o mercado de Goa no século XVI, com várias figuras vestindo a indumentária da época, ornatos de guilhoché. O fundo em tudo é idêntico à parte da frente da nota, apresentando uma composição de plantas entrelaçadas. O papel foi fabricado pelos papeleiros ingleses Portals Limited, Overton, Basingstoke, Hampshire, apresentando em marca de água a cabeça de Garcia de Orta. O filete de segurança, incorporado no papel, é formado por um traço descontínuo. Dimensões da nota 135 x 66 mm. Foram emitidas 45 547 000 notas, com a data de 27 de Julho de 1971. A primeira emissão é datada de 27 de Julho de 1971 e a última de 20 de Dezembro de 1978.
Biografia:
Garcia de Orta, era um judeu português, que nasceu em Castelo de Vide, no ano de 1501; filho do mercador Fernando Isaac de Orta e de sua mulher Leonor Gomes, judeus espanhóis que foram expulsos do país pelos Reis Católicos no ano de1492 refugiando-se em Castelo de Vide. Estudou nas Universidades de Salamanca, e Alcalá de Henares, licenciando-se em Artes, Filosofia natural e Medicina, pelo ano de 1532. Nesse mesmo ano foi dado como apto para praticar medicina, regressando a Castelo de Vide. No ano de 1526 muda-se para Lisboa, tornando-se médico do Rei D. João III, tendo aí conhecido o matemático português que veio a ter projecção mundial Pedro Nunes. No ano de 1533 foi eleito pelo conselho da Universidade de Lisboa para professor da cadeira de Filosofia Natural. A 12 de Março de 1534, embarca para a Índia, como médico pessoal de Martim Afonso de Sousa, que foi para o Oriente como capitão - mor entre os anos de 1534 e 1538 e governador de 1542 a 1545. Após os quatro anos que acompanhou Martim de Sousa, estabeleceu-se em Goa como médico, onde adquiriu enorme prestígio e reputação. Foi em Goa e por esta altura que conheceu Luís de Camões com quem granjeou uma grande amizade. Devido aos altos serviços prestados, à amizade com o Vice-Rei, foi-lhe doado o foro de Bombaim. No ano de 1541 casa com Brianda de Solis, advindo daí larga geração. Radica-se de vez na Índia, onde exerce medicina, sendo considerado um médico muito bem conceituado em Goa, praticando-a no hospital e na prisão de Goa. Foi médico de personagens ilustres do meio social onde estava inserido, como o sultão de Ahmadnagar; a par desta actividade exerce o comércio e outras actividades lucrativas, “não tivesse costela judia”. No ano de 1563 edita em Goa o livro “Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia”. Este livro composto de 57 capítulos, estuda as drogas orientais, principalmente de origem vegetal, como o aloés, o benjoim, a cânfora, a canafístula, o ópio, o ruibarbo, os tamarindos e muitas outras mais; nestes capítulos Garcia de Orta, faz a descrição rigorosa das características botânicas (tamanho e forma da planta), as origens e propriedades terapêuticas, que apesar de algumas já conhecidas na Europa, o eram de uma maneira errada ou muito incompleta.
Foi um ilustre médico do século XVI, e autor pioneiro sobre a Botânica, Farmacologia, Medicina Tropical e Antropologia.
Faleceu em Goa no ano de 1568, sem nunca ter sido incomodado pela Inquisição, apesar desta, ter estabelecido um tribunal no ano de 1565. Após a sua morte, a Inquisição iniciou um feroz ataque à família. A sua irmã Catarina, foi condenado por judaísmo e queimada viva num Auto-de-Fé, em Goa no ano de 1569. No ano de 1580 os restos mortais de Garcia de Orta e da mulher foram exumados da Sé de Goa.
F I M
Biografia: “O papel-moeda em Portugal” Banco de Portugal. Wikipedia e trechos avulsos.
Publicado no Jornal das Caldas em 18-08-2010