segunda-feira, 23 de março de 2015

 
Numismática

MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO

    
53ª. Moeda
Património Arquitectónico
Terreiro do Paço
        2 1/2 Euro               
 
Anv: Apresenta no centro do campo o escudo nacional, mais a baixo o valor facial da moeda em 2 linhas " 2 1/2 Euro" e a era "2010", enquadrados  pela representação de um dos arcos que circundam a praça do Comércio. Na orla inferior e junto ao bordo da moeda, apresenta a legenda "Portugal".
Rev: Apresenta no campo central uma prespectiva do Terreiro do Paço e, na parte inferior, a legenda "Terreiro do Paço" e o logótipo da série. 
Autor: Fernando Branco e Isabel Carriço
Moedas de Cuproníquel com acabamento normal:
Valor facial 2 1/2 Euro; Dia. 28 mm; Peso 10 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 120.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2 1/2 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 15.000 exemplares.
A Praça do Comércio, mais conhecida por Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos e que hoje alberga departamentos governamentais. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² (180m x 200m). É o centro da cidade de Lisboa, bem como a sua principal praça. Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. No dia 1º de Dezembro de 1640, a antiga praça assistiu ao fim da União Ibérica com a prisão da Duquesa de Mântua e a morte do secretário de estado Miguel de Vasconcelos que foi atirado de uma janela do palácio para o Terreiro. No terramoto de 1755, onde hoje se encontram os edifícios que constituem o Terreiro do Paço, existia o Palácio Real, em cuja biblioteca estavam guardados 70 mil volumes e centenas de obras de arte, incluindo pinturas de Ticiano, Rubens e Correggio. Tudo foi destruído. O precioso Arquivo Real com documentos relativos à exploração oceânica, entre os quais, numerosas cartas do descobrimento do Brasil e outros documentos antigos também foram perdidos. A 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e o seu filho, o Príncipe Real D. Luís Filipe foram assassinados quando passavam na praça. Após a Revolução de 1910, os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. A 18 de Fevereiro de 1957, a rainha Isabel II do Reino Unido desembarcou no Cais das Colunas, na sua visita a Portugal. No dia 25 de Abril de 1974, a praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o governo de Marcelo Caetano e o Estado Novo, numa revolução com apenas quatro mortos registados no cerco popular à sede da PIDE/DGS. No dia 11 de Maio de 2010, o papa Bento XVI celebrou uma Missa na praça com cerca de 280 mil pessoas a assistir. O Complexo Ministerial com arcadas que circunda a praça, alberga parte dos departamentos dos Ministérios do Governo Português, o Governo Civil de Lisboa e o Supremo Tribunal de Justiça e ainda o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos do poeta Fernando Pessoa. Esta foi sempre a entrada nobre de Lisboa e, nos degraus de mármore do Cais das Colunas, vindos do rio, desembarcam chefes de estado e outras figuras de destaque. Essa impressionante entrada em Lisboa serve agora de cais para os cacilheiros, os barcos que ligam a cidade à outra margem. No centro da praça, ergue-se a estátua equestre D. José, erigida por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma patina verde. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento até à década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.
Fontes: pt.wikipedia.org/wiki/Praça_do_Comércio: I.N.C.M.: colecção particular do autor.
F I M
Publicado no Jornal das Caldas em 18 de Março de 2015

quarta-feira, 11 de março de 2015

 
Numismática
 

MOEDAS PORTUGUESAS COMEMORATIVAS DO EURO

52ª. Moeda
Património da Humanidade
Sítio Arqueológico do Vale do Côa
       2,50 Euro               
Características da moeda

Anv: Apresenta na orla inferior da moeda o valor facial "2,50 €", no centro envolvendo o escudo nacional e a esfera armilar, a legenda "República Portuguesa-2010" e, como elemento de fundo, surge-nos um conjunto representativo de gravuras de arte rupestre.
 
Rev: Na parte exterior da moeda, surge um conjunto de várias espécies de animais sobrepostos, evidenciando-se a imagem de um cavalo, sobre o lado esquerdo a legenda "UNESCO" e, no campo central, envolvendo o logótipo do "Património Mundial", inscreve-se a legenda "Sítio Arqueológico Vale do Côa".
Autor: António Marinho:
Moedas  em cuproníquel com acabamento normal:
Valor facial 2,50 €; Dia. 28 mm; Peso 10 g; Bordo serrilhado. Cunhagem 120.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 € Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia 28 mm; Peso 12 g; Bordo serrilhado. Cunhagem de 5.000 exemplares.
Os sítios de arte rupestre do Vale do Côa situam-se ao longo das margens do rio Côa, sobretudo no município de Vila Nova de Foz Côa sendo também abrangidos os municípios de Figueira de Castelo Rodrigo, Mêda e Pinhel, no distrito da Guarda.
Forma uma rara concentração de arte rupestre composta por gravuras em pedra datadas do Paleolítico Superior (22 000–10 000 a.C.), constituindo o mais antigo registo de actividade humana de gravação existente no mundo.
O património mundial enriqueceu-se em 1994 com o achado do maior complexo de arte rupestre paleolítico ao ar livre conhecido até hoje. Há 20 000, o homem gravou milhares de desenhos representando cavalos e bovídeos nas rochas xistosas do vale do Côa, afluente do rio Douro, no nordeste de Portugal. As gravuras têm como suporte superfícies verticais de xisto, com exposição preferencial a nascente. A dimensão das gravuras oscila entre 15 cm e 180 cm, embora a maioria tenha a dimensão entre 40 a 50 cm. As técnicas de gravação usadas são a picotagem e o abrasão. Os traços são largos, embora sejam por vezes acompanhados de uma grande quantidade de finos traços, que serviam de esboço ou complementavam os anteriores. As gravuras representam essencialmente figuras animalescas, embora se conheça uma representação humana e outra abstracta. Os animais mais representados são os cavalos e os bovinos (auroques). Exclusivos em certos núcleos, eles podem também coexistir com  cervídeos. Os animais aparecem isolados ou em associação, constituindo autênticos painéis. As representações de animais podem sobrepor-se mais ou menos densamente, como podem também estar bem individualizadas.
Estão identificados 14 locais de arte rupestre paleolítica, distribuindo-se ao longo de uma dezena de quilómetros. São eles, de norte a sul:
Núcleo de arte rupestre da Broeira;
Núcleo de arte rupestre da Faia/Vale Afonsinho;
Núcleo de arte rupestre do Vale dos Namorados;
Núcleo de arte rupestre de Vale de Moinhos;
Núcleo de arte rupestre do Vale da Figueira/Teixugo;
Núcleo de arte rupestre da Ribeira de Piscos/Quinta dos Poios;
Núcleo de arte rupestre de Meijapão;
Núcleo de arte rupestre da Fonte Frieira;
Núcleo de arte rupestre da Penascosa;
Estação arqueológica da Quinta de Santa Maria da Ervamoira;
Núcleo Arqueológico de Habitat Paleolítico do Salto do Boi/Cardina;

Núcleo de arte rupestre da Ribeirinha;

Núcleo de arte rupestre da Quinta do Fariseu;

Núcleo de arte rupestre da Quinta da Barca.

Mais locais estão em vias de ser classificados (10), que vêm a enriquecer substancialmente este vasto património a preservar com as gravuras rupestres, tornando um dos maiores polos mundiais nesta área.
Fontes:  pt.wikipedia.org/wiki/Sítios_de_arte_rupestre_do_Vale_do_Coa;I.N.C.M.; e colecção particular do autor.
Publicado no Jornal das Caldas em 11 de Março de 2015