quarta-feira, 24 de agosto de 2011



Artigo 67
Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
Numária
O Papel-moeda

MIL ESCUDOS
Pedro Álvares Cabral




Chapa 13


Para destaque da última nota de mil escudos foi escolhida a personagem do século XVI, Pedro Álvares Cabral navegador de nomeada e descobridor de Terras de Santa Cruz. A frente da nota tem uma composição em tons acastanhados e azulados, e contém a efígie Álvares Cabral retirada da reprodução de um medalhão existente no Mosteiro dos Jerónimos sobre o lado direito da nota; ao centro observamos a esfera armilar envolta numa cercadura de cordame e no lado esquerdo uma barra vertical castanha com a impressão a branco do valor de 1000, e sobre a margem da nota, e como marca de água, quando vista pela frente e posta à transparência a efígie de Pedro Álvares Cabral, voltado para o centro. No verso da nota observamos uma nau com as suas velas içadas, sulcando as imensas águas atlânticas, tendo por fundo uma alegoria à flora e fauna de Terras de Santa Cruz. A meio da nota e na parte superior uma placa com a indicação “Terra Brasilis”.
A maqueta é de autoria de Luís Filipe Abreu, recaindo a impressão e estampagem das notas à firma British American Bank Note. Ins. d o Canadá, com trabalhos preliminares da firma De La Reue Giori, SA da Suiça.
Dimensões da nota 125 x 67 mm. Foram emitidas 89 058 403 notas. A primeira emissão é de 18 de Abril de 1996 e a última de 7 de Novembro de 2000. Foram retiradas de circulação em 28 de Fevereiro de 2002.

Ver a biografia inserida na chapa 1 da nota de Cem escudos.

F I M

Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal” Banco de Portugal.
Óbidos – Outubro 2010.

Editado no Jornal das Caldas em 24-08-2011.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011




Artigo 66
Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
Numária
O Papel-moeda

MIL ESCUDOS


Teófilo Braga







Chapa 12




A figura de Teófilo Braga (1843-1924), político, escritor e ensaísta português foi a escolhida para integrar a parte da frente desta nota, onde a sua efígie é representada com uma vestimenta de catedrático, tendo por fundo ornamentos geométricos em tons acastanhados. O verso da nota é composto além dos ornamentos geométricos, por uma reprodução de um capitel românico, existente no Museu Machado de Castro, em Coimbra, também com os mesmos tons de cor. A maqueta foi elaborada por Luís Filipe Abreu e as chapas e estampagens das notas ficaram a cargo da firma Thomas De La Rue & Cº., Ltd. de Inglaterra. Dimensões da nota 164 x 75 mm. Foram emitidas 342 638 000 notas. A primeira emissão é de 14 de Julho de 1988 e a última de 3 de Março de 1994. Foram retiradas de circulação em 31 de Dezembro de 1997.
Joaquim Teófilo Fernandes Braga mais conhecido por Teófilo Braga, nasceu a 24 de Fevereiro de 1843, na cidade de Ponta Delgada nos Açores, filho de Joaquim Manuel Fernandes Braga e de sua mulher Maria José da Câmara Albuquerque, de origem de famílias aristocráticas tanto por parte do pai como da mãe. Teófilo Braga era o último dos sete filhos do primeiro casamento de seu pai, tendo cinco irmãos falecido na infância. No ano de 1846 ficou órfão de mãe com apenas três anos de idade. De temperamento fechado, áspero e agreste, fruto do segundo casamento do pai e da má relação que tinha com a madrasta que marcou o seu temperamento. De tenra idade iniciou a sua actividade, empregando-se na tipografia do Jornal A Ilha, no qual também foi redactor; colaborou ainda noutros periódicos. Frequentou o liceu de Ponta Delgada, partindo no ano de 1861 para Coimbra onde concluiu o ensino secundário. No ano de 1862 matriculou-se no curso de Direito da Universidade de Coimbra. Para sustentar os seus estudos, trabalhou como tradutor, deu explicações e publicou artigos e poemas. Enquanto estudante foi fortemente influenciado pelas teses sociológicas e políticas do positivismo aderindo aos ideais republicanos. Terminou o curso no ano de 1867 com elevada nota, sendo convidado pela Universidade para se doutorar o que veio a acontecer no ano seguinte, defendendo a sua tese intitulada “História do Direito Português I: Os Forais”. Foi preterido no ano de 1868 quando concorreu para professor da cadeira de Direito Comercial na Academia Politécnica do Porto, sucedendo o mesmo no ano de 1871, quando concorreu para lente da Faculdade da Universidade de Direito de Coimbra, em virtude de ter assumido publicamente a adesão aos ideais republicanos. Casou no ano de 1868 com Maria do Carmo Xavier, na cidade de Lisboa, de onde adveio uma geração de três filhos; aqui radicou-se iniciando a sua actividade de advogado. No ano de 1871 foi um dos doze signatários do programa das Conferências Democráticas do Casino Lisbonense. Voltou a concorrer em Maio de 1871 para lente da cadeira de Literaturas Modernas do Curso Superior de Letras, sendo nomeado no lugar, tendo como opositores Manuel Pinheiro Chagas, insigne historiador e Luciano Cordeiro. Como lente, dedicou-se quase exclusivamente ao estudo da literatura europeia, dando ênfase aos autores franceses; fortemente influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, que foi decisivo no seu pensamento, na obra literária e na sua atitude política, fazendo dele um dos mais destacados membros da Geração doutrinária. Publicou uma extensa obra filosófica. No ano de 1878 conjuntamente com Júlio de Matos fundaram a revista “O Positivismo”. Neste ano iniciou a sua acção na política concorrendo a deputado às Cortes da Monarquia Constitucional, integrado nas listas do Partido Republicano; ainda neste ano, exerce cargos de relevo nas estruturas do Partido. No ano de 1880 é colaborador da revista “A Era Nova”. Neste mesmo ano, com Ramalho Ortigão, organizou As Comemorações do Tricentenário de Camões, de onde saiu com enorme prestígio. Em 1884 passou a dirigir a “Revista de Estudos Livres”. No ano 1890 foi eleito membro do directório do Partido Republicano, e no ano seguinte, foi um dos subscritores do Manifesto e Programa. No ano de 1910 é eleito no mês de Agosto deputado republicano por Lisboa às Cortes monárquicas. Sofreu imensos desgostos familiares, pois viu partir os seus três filhos de tenra idade e a sua mulher, sendo já viúvo em Outubro de 1910. Após a Implantação da República e por decreto datado do dia seis do mesmo mês, Teófilo Braga foi nomeado Presidente do Governo Provisório da República Portuguesa de 6 de Outubro de 1910 a 3 de Setembro de 1911. Em Maio de 1915 foi eleito Presidente da República, para substituir o Presidente Arriaga que entretanto tinha sido deposto na sequência da revolta de 14 de Maio do mesmo ano. Exerceu o seu mandato de transição de Maio a Novembro do mesmo ano, com imensas dificuldades devido ao atentado de que foi vitima o indigitado João Pinheiro Chagas que tinha sido escolhido pela Junta Constitucional para presidir ao governo. Durante a sua vida, mesmo quando Presidente da República, declinou honrarias e ostentações, deslocava-se de eléctrico, com a sua usada bengala. A sua obra de polígrafo cobre vastas áreas, da poesia, e da ficção à filosofia, à história da cultura à história crítica literária. A sua obra excede mais de 360 títulos que abrangem temas como a História Universal, História de Direito da Universidade de Coimbra, do teatro e da influência de Gil Vicente, da Literatura Portuguesa, das novelas de cavalaria e do romantismo, das ideias republicanas em Portugal, incluindo também artigos de polémica literária e política e ensaios biográficos, além da imensa obra avulsa que deixou expressa em jornais e revistas da época focando temas da sociedade. Por ser imensa a sua obra escuso-me de aqui enunciar os títulos pois seria fastidioso. Faleceu no seu gabinete na cidade de Lisboa a 28 de Janeiro de 1924.

F I M

Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org/Teófilo Braga. História da 1ª. República.

Publicado no Jornal das Caldas em 17-08-2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011





Artigo 65
Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
Numária
O Papel-moeda




MIL ESCUDOS
D. Pedro V





Chapa 11

É evocado nesta chapa o Rei D. Pedro V (1837-1861). A efígie apresentada na frente da nota foi reproduzida de um quadro de Constantino Fernandes, existente no Paço de Vila Viçosa, enquanto no verso da nota apresenta as efígies conjugadas de D. Pedro e de sua mulher Dona Estefânia, inspiradas numa medalha comemorativa do casamento real, esculpida em Bruxelas por Leopold Wiener. A vinheta no verso representa a inauguração em Lisboa do caminho de ferro do Leste, em Outubro de 1856. As maquetas iniciais são de autoria de João de Sousa Araújo, arquitecto, e o restante trabalho de elaboração das chapas e estampagem das notas foi executado pelos ingleses Bradbury, Wilkinson & Cº. Ltd., New Malden, Surrey. A estampagem a talhe doce na parte da frente da nota é de tons de azul e castanho - escuro, engloba a figura do rei, ornatos de guilhoché, e o escudo nacional. A estampagem calcográfica do verso da nota a azul-escuro engloba as efígies do casal, ornatos e a vinheta da inauguração do caminho de ferro. O papel foi de fabrico da firma inglesa Portals Limited, Overton, Basingstoke, Hampshire, apresenta como marca de água quando visto à transparência pela frente um retrato de D. Pedro V sobre o lado esquerdo; na metade direita, situa-se um filete de segurança em traço descontínuo. Dimensões da nota 163 x 82 mm. Foram emitidas 90 660 000 notas com as datas de 28 de Maio de 1968 e de 16 de Setembro de 1980. A primeira emissão, é de 12 de Outubro de 1979. Foram retiradas de circulação em 31 de Outubro de 1991.
Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe Coburgo e Bragança, mais conhecido por D. Pedro V, nasceu a 16 de Setembro de 1837 na cidade de Lisboa, cognominado de “O Esperançoso”, “O Bem - Amado” ou “O Muito Amado”, era filho da Rainha D. Maria II e do rei consorte D. Fernando II. D. Pedro com apenas dezasseis anos de idade, foi acompanhado por seu pai, durante os dois anos que faltavam para subir ao trono, aconselhando-o e orientando-o no que dizia respeito às grandes obras. Teve um papel fulcral na reconciliação do povo com a casa real, fruto da guerra civil anteriormente vivida no reinado de sua mãe. No ano de 1855 completa dezoito anos de idade, sendo aclamado rei; neste mesmo ano preside à inauguração do primeiro telégrafo no País. No ano seguinte inaugura o caminho de ferro de Lisboa ao Carregado. Iniciam-se as viagens regulares de navio entre Portugal e Angola. No ano de 1859 criou o Curso Superior de Letras; no mesmo ano e seguindo um pouco as medidas anteriormente tomadas pela mãe introduziu o sistema métrico em Portugal. D. Pedro V dedicou-se a fundo com a governação do País, estudando minuciosamente todas as deliberações e aplicações governamentais. Portugal foi atingido por duas grandes epidemias: a primeira, a cólera nos anos de 1853 a 1856, e a segunda, a febre-amarela entre os anos de 1856 a 1857, o que provocou uma grande mortandade entre todas as classes, mas reflectindo-se em maior escala no povo. O monarca durante esses anos percorria os hospitais solidarizando-se com os doentes com quem contava pessoalmente, o que lhe granjeou enorme popularidade. Casou no ano de 1858, com a princesa D. Estefânia de Hohenzollern Sigmaringen. D. Pedro viu na saúde pública uma das suas preocupações, conjuntamente com a sua mulher, iniciaram a fundação hospitais públicos e instituições de caridade. Foi o fundador do Hospital de D. Estefânia, em Lisboa ainda hoje em funcionamento. A sua mulher Dona Estefânia faleceu no ano seguinte vítima de difteria. D. Pedro teve uma educação excepcional, desatacando-se a sua preparação moral. Estudou filosofia e ciências naturais, dominava algumas línguas, como o grego e o latim, iniciando estudos da língua inglesa. O seu espírito foi de certo modo influenciado por aquele que foi seu mestre e educador, Alexandre Herculano. Faleceu com apenas 24 anos de idade, no dia 11 de Novembro de 1861, segundo os médicos de febre tifóide, provocando uma enorme tristeza em toda a sociedade. O seu corpo jaz no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora em Lisboa. Não deixou descendência, sendo sucedido pelo seu irmão o infante D. Luís.

F I M

Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org/Pedro V de Portugal.
Óbidos – Outubro de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas de 10-08-2011.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011




Artigo 64
Centenário da Implantação da República
(1910-2010)
Numária
O Papel-moeda


MIL ESCUDOS
D. Maria II




Chapa 10

A Rainha D. Maria II, foi a personalidade escolhida para figurar na frente desta nota. A efígie apresentada é a cópia de um quadro de Thomas Lawrence. O verso da nota comporta também a efígie da soberana que foi inspirada numa moeda portuguesa de ouro, conhecida pela “Degolada”. As maquetas iniciais foram preparadas pelo arquitecto João de Sousa Araújo, ficando a preparação das chapas e a estampagem das notas a cargo da firma holandesa Joh, Enschedé en Zonen, Grafische Inrichting N. V., de Haarlem. A estampagem da frente da nota a talhe – doce, foi feita por um processo especial, composto por três coroas (castanho, azul e verde), engloba o retrato da Rainha, o escudo nacional e diversos dísticos. O fundo, em “offset”, é constituído por um conjunto de rosas lilás e verde, uma rosácea de cor castanha clara por trás da cabeça da Rainha, um desenho numismático na metade esquerda da nota e ornatos de técnica duplex. A estampagem do verso da nota a talhe – doce, comporta a efígie da Rainha, uma reprodução da antiga Praça do Pelourinho, com o edifício do Banco de Portugal, dísticos e ornamentos geométricos. No fundo apresenta um grupo de flores em tudo idêntico ao da frente da nota. O papel é do fabrico de Portals Limited, Overton, Basingstoke, Hampshire, de Inglaterra e tem como marca de água, no centro da nota um retrato de D. Maria II. Na metade esquerda, e incorporado no papel, observa-se um filete de segurança de traço descontínuo. Dimensão das notas 163 x 82 mm. Foram emitidas 146 851 000 de notas com a data de 19 de Maio de 1967. A primeira emissão, 31 de Maio de 1967, e a última emissão, 12 de Novembro de 1979. Foram retiradas de circulação em 30 de Janeiro de 1987.
D. Maria II, nasceu no Rio de Janeiro a 4 de Abril de 1819, filha do rei D. Pedro IV e 1º. Imperador do Brasil e de sua mulher Leopoldina de Habsburgo, foi baptizada com o nome de Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Luísa Gonzaga de Bragança e Áustria. Contava apenas 7 anos de idade quando o seu pai D. Pedro IV, abdicou do trono em seu favor, em Abril de 1826; deveria casar com o seu tio D. Miguel logo que tivesse idade, sendo de imediato nomeado regente, em Julho de 1826, após ter jurado fidelidade à rainha e à Carta Constitucional. D. Maria de menor idade foi viver para Inglaterra e depois França. Ao atingir os 15 anos de idade em 24 de Setembro de 1834, volta a Portugal para assumir o governo de Portugal. Casou em primeiras núpcias no ano de 1835, com Augusto de Leuchtenberg, mas este faleceu logo no mês de Março do mesmo ano. Nesse ano de 1835, empreendeu diversas reformas, uma das quais, consistiu na venda de todos os bens de raiz nacionais, pertencentes à Igreja Patriarcal, às Casas das Rainhas e do Infantado, das Corporações religiosas já extintas e das Capelas reais. Casou em segundas núpcias em 9 de Abril de 1836 com Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, do qual proveio larga geração, com onze filhos. Foi um dos períodos da nossa história mais conturbados que se viveram neste reinado, ficando registados entre outros; a (guerra civil), luta entre liberais e absolutistas, e daí todas as rivalidades e perseguições que se seguiram na sociedade; a revolução de Setembro; a revolta dos Marechais; a Convenção de Chaves; a Revolta da Maria da Fonte; a Belenzada; a Patuleia, etc:. A carta Constitucional foi alterada com a votação de um acto adicional, que consistiu na abolição da pena de morte em Portugal:
- Algumas reformas, como melhoramentos de monta respeitantes à instrução pública foram entretanto aplicadas: Criação de Liceus e Escolas Primárias; Fundação das Escolas Médicas, de Lisboa e do Porto; Escola Politécnica de Lisboa; Academia Politécnica do Porto; Instituto Agrícola; Conservatório de Música. Nas Obras Públicas, foi notória a sua acção, crescimento económico, centrado na construção de infra-estruturas de transportes e comunicações, na tentativa de aproximar as várias regiões do país, em especial as do interior, e do apoio ao desenvolvimento comercial e industrial. Foi cognominada de “ A Educadora”, pela acção e determinação que implementou com a instrução pública. No ano de 1852, D. Maria faz publicar um decreto que adopta o sistema decimal; este sistema revelou-se de grande utilidade pelo facto de se tornarem mais céleres as pesagens, reformulando o sistema monetário, que se encontrava muito diversificado quanto ao valor e nome das moedas então a circular. Foi no ano de 1853 que se introduziu o primeiro selo postal, em Portugal contemplando a figura da monarca, nos selos de 5, 25, 50 e 100 réis, da autoria de Francisco de Borja Freire, correspondendo a cada importância a cor respectivamente castanho avermelhado, azul, verde e lilás no seu valor crescente.
Faleceu na cidade de Lisboa a 15 de Novembro de 1853, de parto, o seu corpo está depositado no Panteão dos Braganças, no mosteiro de São Vicente de Fora.

F I M
Bibliografia: “O papel-moeda em Portugal”. Banco de Portugal. Wikipedia.org/Maria II de Portugal.
Óbidos – Outubro de 2010.

Publicado no Jornal das Caldas de 03-08-2011.